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RECEITA DO LEITOR 

Abrigos buscam oferecer alimentação especial para diabéticos 

A Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança (Esefid) da Ufrgs conta com 24 desabrigados que têm a doença. Nesses casos, variar o cardápio é desafio 

22/05/2024 - 14h38min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Gustavo Diehl/UFRGS/divulgação / Gustavo Diehl/UFRGS/divulgação

Oferecer uma dieta adequada para pessoas com restrições alimentares é um desafio para locais que recebem desabrigados pelas enchentes no Estado. Um grupo que exige atenção quanto ao preparo das refeições é o dos diabéticos, que precisam manter uma alimentação equilibrada em que pães, carboidratos e doces devem ser evitados. Por outro lado, a falta de alimentos específicos para esse público faz com que seja necessário adaptar o cardápio. 

No dia 4 de maio, o restaurante universitário da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança (Esefid) da UFRGS abriu as portas para receber desabrigados vindos da Capital e Região Metropolitana. No local, são mais de 1,5 mil refeições servidas diariamente. O espaço conta com café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, janta e ceia. 

Ludymila Barroso é nutricionista e uma das organizadoras do abrigo da Esefid. Ela explica que o café da manhã é a refeição mais importante do dia e, por isso, precisa de uma atenção especial. Para o público em geral, costuma ser servido um sanduíche com frios, ou geleia, e também tem a opção de bolachas salgadas e doces. No entanto, no abrigo não há a opção desses itens sem açúcar para as 24 pessoas com diabetes. 

– Infelizmente temos muita dificuldade para oferecer uma alimentação mais variada para pessoas com diabetes. Temos geleia, mas não temos geleia light, por exemplo, então eles não consomem. No café da manhã, costumamos oferecer uma opção de fruta para esse público – comenta. 

Já o prato do almoço e da janta é composto por um carboidrato, uma proteína animal, legumes e vegetais, além de uma leguminosa. O cardápio é elaborado por nutricionistas que atuam na universidade e planejam uma refeição completa, capaz de suprir todas as vitaminas e nutrientes que o ser humano precisa. As opções podem ser consumidas por diabéticos, que só precisam estar atentos à medida correta de cada item, salienta a nutricionista.

Como ajudar:

Para oferecer um cardápio mais variado para diabéticos, Ludymila recomenda que sejam feitas doações de alimentos específicos para esse público. A maior necessidade é oferecer mais opções no café da manhãelanches. Por isso, alimentos como pães e bolachas sem açúcar, geleia light e adoçantes naturais são bem-vindos. O abrigo da Esefid recebe alimentos na Rua Ramiro Barcelos, 2.500, no bairro Bom Fim, na Capital, de segundaasexta-feira das 9h às 12h.


Bebês também precisam de atenção

Na Esefid há abrigados de todas as faixas etárias, inclusive bebês recém-nascidos e outros já em fase de introdução alimentar. Alguns deles precisam de fórmulas especiais,– necessárias quando a mãe não pode alimentar o bebê –, elas contém nutrientes e vitaminas que são importantes para o desenvolvimento saudável dos pequenos. 

Para os grandinhos, que já começam a comer as “papinhas”, elas são preparadas com a mesma refeição que é servida aos adultos no abrigo. Ludymila enfatiza que a comida é preparada com pouco sal, por isso, não deve fazer mal aos pequenos

Produção: Nikelly de Souza



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