Direto da Redação
Alexandre Rodrigues: "Empatia, agora mais do que nunca"
Jornalistas do Diário Gaúcho opinam sobre temas do cotidiano
No último dia 6, estava trabalhando de casa quando faltou luz no meu apartamento (devido ao corte preventivo nas regiões que poderiam sofrer alagamento). Imediatamente, peguei a mochila e fui para o prédio onde fica a redação do Diário Gaúcho para continuar minhas tarefas. Em questão de minutos, os bairros Menino Deus e Cidade Baixa foram tomados pelo alerta de evacuação. Peguei minha mochila mais uma vez e voltei para casa.
A cena que presenciei na rua segue fresca na minha memória. Uma cidade em pânico! Eram pessoas correndo com seus animais nas caixas, carros cantando pneu, veículos na contramão... A Porto Alegre mais triste que já vi. Fiquei fora de casa por uma semana, por causa da falta de água e de luz. Não posso nem tenho coragem de me queixar. Tem gente que perdeu tudo. Vidas foram ceifadas.
Solidariedade
Em um momento de tragédia como a que estamos vivendo no Rio Grande do Sul, a empatia é essencial para promover cura, resiliência e solidariedade. Ela se manifesta através da compreensão, apoio emocional, ações concretas e comunicação sensível, criando um ambiente de cuidado e união que é fundamental para enfrentar os desafios e reconstruir vidas. A empatia, no entanto, não deve ser apenas uma resposta imediata, mas também deve continuar a longo prazo. As consequências das enchentes podem durar anos, e o apoio contínuo é necessário.
É a mais pura verdade a frase – de autor desconhecido – que tem aparecido seguido nas redes sociais: “Quem tá seguro, não tá bem. Quem não tá seguro, tá péssimo. Quem tá separado da família, tá arrasado. Quem perdeu tudo, tá devastado. Ninguém tá bem! Estamos só levando... Na esperança de que as coisas alguma hora melhorem.”
Vai passar, queridos leitores. Juntos vamos superar tudo isso.