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Coluna da Maga

Magali Moraes: chega de chuva

Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

03/05/2024 - 09h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Fernando Gomes / Agencia RBS
Magali Moraes

Que outro assunto é possível? Nesse momento, aqui no Rio Grande do Sul, milhares de gaúchos estão desabrigados por causa das chuvas, ilhados ou passando o maior perrengue pra conseguir retornar pra casa. Quanto tempo vai levar até que a normalidade volte? Precisamos de muito sol e vento pra secar tudo e trazer alguma esperança. Ninguém aguenta mais tanta água caindo do céu, a enxurrada fazendo deslizar morros, a correnteza levando pessoas e casas, as estradas interrompidas.

Se até pra quem está com os pés secos e seguros o dia a dia entra em estado de alerta (ou seria de choque?), imagina pra quem permanece nas inúmeras áreas de risco. Ou tem familiares e amigos lá. Nem precisa imaginar: a tecnologia permite que todo mundo acompanhe em tempo real essas notícias assustadoras. E assim sofremos juntos, sentimos a dor de quem perdeu o chão, a rotina, a vida, tudo. Esperando socorro em cima dos telhados, vendo da janela as ruas se transformarem em rios.

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Coleta

Hora de doar alimentos, água, copos plásticos, produtos de limpeza e higiene, colchões, cobertores, lençóis, fronhas, travesseiros, rações para animais e o que mais estiver ao seu alcance. A Defesa Civil de Porto Alegre tem ponto de coleta na Rua La Plata, 693, das 9h às 18h, sem fechar ao meio-dia. E vários outros pontos estão surgindo na cidade e em todo o Estado. Você pode dar o bom exemplo e arrecadar doações no seu prédio, na sua academia, na sua escola, no seu grupo de amigos.

Solidariedade faz a diferença, bora lá pessoal. Que o Governo do RS e as prefeituras das cidades atingidas consigam ter a agilidade necessária pra enfrentar essa calamidade. Que os recursos cheguem rápido. Maio vai ser o mês da reconstrução, não só o mês das mães e das noivas. Falando nisso, quantas famílias não vão ter o que comemorar. A história se repete, essa é a maior tristeza. Parece que pouco se aprendeu com as recentes enchentes que também abalaram o Estado.



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