Condições climáticas
"Se não chover amanhã, podemos operar na quarta", afirma presidente da Trensurb sobre retomada emergencial
Serviço pode voltar parcialmente se equipamento que pegou fogo na semana passada for trocado
A expectativa da Trensurb é de iniciar a operação emergencial dos trens na próxima quarta-feira (29). Porém, segundo o presidente da empresa, Fernando Marroni, para que isso ocorra, a empresa depende das condições meteorológicas do Estado. A primeira previsão era de retomar nesta segunda-feira (27), mas um incêndio em uma subestação e o mau tempo colaboraram para o adiamento do serviço.
Oito trens que circularão neste primeiro momento foram testados no domingo (26). Agora, é necessário fazer o reparo na subestação São Luís, em Canoas, que pegou fogo na semana passada. Para isso, o serviço precisa ser realizado em um dia com tempo seco.
— Estamos nos baseando na meteorologia. Se não chover amanhã, acho que podemos operar na quarta-feira — explicou o presidente.
Na operação emergencial, serão 10 horas diárias de trens circulando por 26 quilômetros. As rotas devem funcionar em via única entre as estações Novo Hamburgo e Unisinos e em via dupla entre Unisinos e Mathias Velho.
Passageiros prioritários
Diariamente, a Trensurb recebe 110 mil passageiros e na operação emergencial, receberá aproximadamente 30 mil. A direção da companhia realiza conversas com o governo do Estado e com a Metroplan para que durante este período seja priorizado o transporte dos trabalhadores dos serviços essenciais.
— É um trecho humanitário ferroviário — afirmou Marroni. — Nossa intenção é que esta operação possa priorizar essa classe para atender a calamidade, pois, mesmo que a chuva pare e a água baixe, vamos continuar com a calamidade.
Segundo o presidente, a medida ainda está sendo tratada com a Defesa Civil e a ideia é identificar os passageiros que trabalham nos serviços essenciais e que eles tenham prioridade, com filas diferenciadas, por exemplo. As vagas remanescentes seriam abertas para o público em geral.
Outro ponto que está em tratativas com o governo do Estado é para garantir a segurança na operação, já que, na avaliação da direção, o contingente reduzido pode gerar estresse dos passageiros, tumulto e até invasões nas estações.