Transporte metropolitano
Trensurb inicia operação emergencial nesta quinta-feira, mas estações de Porto Alegre só devem ser reabertas no próximo ano
Circulação irá ocorrer com intervalos de 35 minutos entre 8h e 18h no percurso Mathias Velho a Novo Hamburgo
Após quase um mês com a circulação parada, a operação emergencial da Trensurb vai começar na manhã desta quinta-feira (30), às 8h. O intervalo das viagens, normalmente de sete minutos, será de 35 minutos até as 18h.
Não será cobrada a tarifa dos passageiros, já que o serviço de bilhetagem foi danificado com a enchente. O plano inicial é retomar a cobrança dentro de 30 dias.
O limite para atendimento é de 30 mil pessoas. Normalmente, o trem transporta 110 mil por dia. Para garantir a segurança nas estações, a Trensurb pediu reforço ao governo estadual.
A circulação será em via única entre as estações Novo Hamburgo e Unisinos e em via dupla entre a Unisinos e Mathias Velho.
— É um trilho humanitário. É mais uma medida para que alivie a pressão do sistema rodoviário da Região Metropolitana, que está vivendo essa crise. Vai passar a chuva e a água vai baixar, mas vamos continuar com a crise — diz o presidente da Trensurb, Fernando Marroni.
Serão oito trens circulando por 10 horas por dia, em 13 estações, que compreendem um trajeto de 26 quilômetros entre Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo.
Passageiros que desejarem seguir viagem até Porto Alegre terão à disposição ônibus da Transcal para o trajeto. A rota contrária também será oferecida. O valor da passagem será de R$ 6,85. Os ônibus começam a partir das 8h com intervalo de 26 minutos em ambos os sentidos. O último horário é às 18h08min. As rotas serão entre as estação Mathias Velho, em Canoas, e Terminal Conceição, na rua Voluntários Da Pátria em Porto Alegre.
Estações de Porto Alegre fechadas até o fim do ano
A ampliação das viagens depende da água baixar nas demais estações. A empresa estima que as chances de Mercado, Rodoviária e São Pedro serem reabertas ainda neste ano são baixas em razão da necessidade de troca de equipamentos danificados.
— A intenção que se tem no curto e médio prazo é chegar na Farrapos. E vamos fazer isso por etapas. O grande problema é a linha férrea. Ela não pode ficar alagada. A brita serve para sustentar os trilhos e agora ficou com lama e vamos ter que trocar — descreve Marroni.
A empresa precisa substituir os dormentes, que mantêm fixos os trilhos. Novas peças levam aproximadamente seis meses para chegar. Ao mesmo tempo, a Trensurb está em contato com outras empresas para conseguir os itens.
A limpeza das demais estações também está em andamento, a medida que possam ser acessadas.