Os moradores do bairro Humaitá, na zona norte de Porto Alegre, protestaram, na manhã deste sábado (8), contra o depósito de lixo que se formou no estacionamento da rua Padre Leopoldo Brentano, ao lado da Arena do Grêmio. 

Conforme Wagner Nunes, síndico do Condomínio Liberdade, que fica em frente ao terreno, cerca de 50 caminhões com lixo entraram no local para deixar os entulhos por volta das 7h30 deste sábado.

No momento em que os caminhões chegaram, o síndico estava mobilizado com outros moradores para limpar o condomínio. Ele afirmou que o público que mora ao redor sofreria muito com os entulhos a céu aberto e mobilizou as pessoas para impedir que os caminhões depositassem mais lixo. 

— Não pensaram nos impactos que isso poderia causar para os moradores. São 916 famílias que moram aqui, a gente sabe que o lixo vai atrair bicho, pode atrair dengue e não foi feito um estudo para viabilizar o local — explicou.

O prefeito Sebastião Melo esteve no local para conversar com os moradores. 

Conforme Nunes, o prefeito afirmou que o lixo será retirado do local. 

O Departamento Municipal de Limpeza Urbana, o DMLU, emitiu uma nota informando que o lixo será destinado para o aterro de Gravataí. 

Conforme o órgão, o estacionamento seria utilizado pela prefeitura como um Bota Espera, uma solução provisória para agilizar a logística. 

Confira a nota do DMLU na íntegra: 

Na manhã deste sábado, 8, o prefeito Sebastião Melo esteve na rua Padre Leopoldo Brentano, 900, no Estacionamento E2 - ao lado da Arena do Grêmio, para dialogar com moradores que realizavam protesto contra a instalação de um Bota Espera provisório no local.

O DMLU irá remover os resíduos do espaço e destinará para o aterro de inertes de Gravataí. Outro terreno, localizado na avenida Voluntários da Pátria, está em estudo para a criação de um ponto na região Norte, após o recuo das águas nas áreas alagadas na localidade. O prefeito reforçou que essa medida emergencial é essencial para agilizar a limpeza da cidade. 

A prefeitura está empenhando esforços extraordinários na força-tarefa, que já retirou 43.744 toneladas de materiais pós-enchente. 

O Bota-espera é uma solução para agilizar a logística. Nos pontos próximos das regiões inundadas, caminhões pequenos descarregam os materiais retirados dos bairros para o envio ao aterro.

*Produção: Jovana Dullius