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Devido à enchente

Governo do RS descarta compensar no verão aulas perdidas, e manterá calendário letivo de 2024

Secretária Raquel Teixeira diz que carga horária é "o conteúdo que precisa ser dado" ao se referir à liberação dos 200 dias letivos pelos conselhos Nacional e Estadual de Educação; para casos excepcionais, a pasta considera deixar para 2025 parte das matérias perdidas neste ano

05/06/2024 - 10h01min


Gabriel Jacobsen
Gabriel Jacobsen
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LAURO ALVES / SECOM/DIVULGAÇÃO
Governador Eduardo Leite durante diagnóstico do impacto das enchentes sobre escolas estaduais.

O governo do Rio Grande do Sul anunciou, nesta terça-feira (4), que manterá o cronograma escolar de 2024, com encerramento das atividades em 20 de dezembro. Conforme a secretária estadual da Educação, Raquel Teixeira, o governo não trabalha com a possibilidade de compensar, durante o verão, as aulas perdidas pelos alunos durante as últimas semanas em escolas que ficaram ou que seguem paralisadas por conta da enchente.

— Em relação ao calendário, os conselhos Nacional e Estadual de Educação já liberaram o atendimento dos 200 dias letivos, e fala-se no cumprimento da carga horária. É preciso entender que carga horária não é medida por horas. A gente chama de carga horária o conteúdo que precisa ser dado. E há formas alternativas: presencial, vídeo, trabalho de grupo. A rede é um sistema que tem que ser coeso. O calendário está sendo mantido. Não estamos pensando em entrar janeiro ou dezembro adentro porque os professores precisam arrumar a vida deles. Estamos mantendo o calendário normal — disse a secretária.

Para casos excepcionais, o governo do Estado considera deixar para o ano letivo de 2025 parte dos conteúdos perdidos durante 2024.

— Eventualmente a escola que não cumprir a carga horária em termos do conteúdo devido até dezembro de 2024, nós retomaremos em 2025 a partir daquele ponto — completou a secretária.

A fala ocorreu durante entrevista coletiva na qual foi anunciado o repasse de recursos extraordinários para as escolas estaduais. Após classificar cada escola com um nível de dano de 1 a 5, o governo do Estado anunciou o repasse de R$ 22,1 milhões para direções de escolas realizarem consertos emergenciais.

Ao todo, 636 escolas receberão o valor extra ainda neste mês. Os valores oscilaram de R$ 20 mil a R$ 80 mil, conforme os níveis percebidos de problemas. Além do suporte emergencial, será estabelecido um cronograma de obras de conserto e reconstrução das instituições.

O governo também fará um repasse de R$ 18,2 milhões para reforço de merenda escolar e outros R$ 6,3 milhões para reposição de mobiliário escolar.


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