Sarandi
Líder da Associação de Moradores da Vila Elizabeth e Parque diz que 15 mil pessoas estão fora de casa na região
Jarcedi de Araújo esteve em reunião com o prefeito Sebastião Melo nesta segunda-feira (3) e afirma que há uma bomba extra, instalada pela prefeitura próximo à casa de bombas 10
O bairro Sarandi, na Zona Norte da Capital, é um dos locais atingidos pela inundação onde a água ainda demora para baixar, com alguns acessos possíveis apenas por barco. Em entrevista à Rádio Gaúcha nesta segunda-feira (3), Jarcedi de Araújo, um dos líderes da Associação de Moradores da Vila Elizabeth e Parque (AMVEP), disse que, na área do bairro onde a organização atua, cerca 15 mil pessoas estão fora de casa.
— A cena aqui é muito triste, de tu retornar pra dentro de casa e não ter nada. Tu só tem a casa em si, mas é uma vida. Muitas famílias aí construíram uma vida aqui no Sarandi. A preocupação é muito grande, a tristeza é muito grande e o psicológico também está pegando. Depois de 30 dias sem retornar pra casa e sem uma previsão. A gente não tem uma previsão— afirma.
Araújo esteve em reunião com o prefeito Sebastião Melo e com profissionais da administração municipal. Ele afirma que a maioria dos buracos do dique do Sarandi foi fechada e que o restante está em processo de conserto.
Ele explica que o escoamento da água na região depende da casa de bombas 10, que ficou submersa. A prefeitura está instalando mais equipamentos no local e, com o funcionamento, Araújo acredita que a drenagem será rápida.
— Já está instalada uma outra bomba lá, rente ali à bomba 10. E, com certeza, em mais um dia, será reativada essa (nova) bomba — explica, citando que a perspectiva foi apresentada na reunião com a prefeitura.
A AMVEP está arrecadando doações para as famílias atingidas pela enchente na área e necessita de colchões, travesseiros, cobertores, mantimentos, produtos de higiene e de limpeza.