O Brasil acompanhou dia a dia como o Rio Grande do Sul está lutando para se reconstruir. Cenas de resgates em botes, helicópteros e com tanques do Exército correram o mundo. Histórias de gente que perdeu tudo, idem. Uma maré de solidariedade se formou: toneladas e toneladas de alimento, de roupas, de água e de diferentes mantimentos chegaram ao RS. Depósitos em Passo Fundo, Santa Maria, Porto Alegre e outras cidades são referência no Estado em logística, triagem e distribuição à população atingida pela enchente.

Esse cenário, já conhecido por nós gaúchos, não comove a todos. Agentes públicos e políticos têm tirado proveito e desviado donativos, quase que descaradamente, para benefícios eleitorais. Vereadores e pré-candidatos foram alvo de operações da Polícia Civil e do Ministério Público recentemente. Para essa minoria de oportunistas que saqueia, aplica golpes de todo tipo e tenta se locupletar da tragédia alheia, deve ser aplicada punição severa.

Salve o Sul

Já na maior e mais rica cidade do país, um exemplo de altruísmo tomou conta do estádio Allianz Parque, na sexta e no domingo. O festival Salve o Sul, em São Paulo, mostrou que união faz a força e arrecadou mais de R$ 8 milhões às vítimas da enchente. O evento capitaneado por Luísa Sonza, natural de Tuparendi, noroeste gaúcho, reuniu milhares de pessoas para assistir mais de 40 atrações que homenagearam nosso Estado.

A apresentação de Neto Fagundes, acompanhado de Luísa e outros tradicionalistas entoando O Canto Alegretense foi de arrepiar. Que tenhamos mais momentos de alegria, de música boa, de amizade, de reconstrução, e menos aproveitadores da desgraça alheia. 

Pra cima, Rio Grande!