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Transplante marcado após realização de exame

Em março, mãe de João Henrique fez um pedido para os leitores do Diário Gaúcho e, agora, menino conseguirá fazer transplante.

12/06/2024 - 05h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Arquivo pessoal / Reprodução
O menino passará por procedimento ainda neste mês.

Há cerca de três meses, Ana Paula Machado Soares, mãe de João Henrique, de sete anos, e Davi, de dois, compartilhou um pedido com a reportagem Diário Gaúcho. O seu filho mais velho sofre de aplasia por anemia de Fanconi e estava com um transplante de medula óssea previsto. O doador seria seu irmão, que era compatível. No entanto, era necessário a realização de um exame no setor privado, para aferir se Davi também tinha a doença, o que impossibilitaria o procedimento. 

Com a ajuda dos leitores, o exame cromossômico foi realizado e o caçula não tem o diagnóstico. Sendo assim, o transplante de João Henrique ocorrerá nas próximas semanas.

A cirurgia será realizada no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, no Paraná. Segundo Ana Paula, o local foi indicado pelos médicos que acompanham o garoto em Porto Alegre, por ser referência em transplantes pediátricos no país. As passagens aéreas das duas crianças, da mãe e do pai dos meninos foram custeadas pela Secretaria Estadual de Saúde, após um longo processo de envio de documentos. Com o Aeroporto Internacional Salgado Filho fechado, a família se deslocou, a partir da base aérea de Canoas, primeiro para São Paulo e, depois, para o seu destino final no Paraná. 

Assim que chegou em Curitiba, no último domingo, João Henrique iniciou as sessões de quimioterapia para preparar seu organismo para o procedimento. Seu irmão, Davi, chegará no dia 22 e, após uma semana, voltará para Igrejinha com seu pai.

João Henrique, porém, após receber a medula, ficará 30 dias internado, junto com sua mãe. Depois desse período, os dois ficarão na casa de apoio do hospital por mais 70 dias, para caso haja algum imprevisto com o transplante.

Doações

Ana Paula conta que, durante esses meses em Curitiba, terá que utilizar seu dinheiro para arcar com o custo de vida em outro Estado, por isso, ainda precisa de doações. 

– Tudo que eu precisar de higiene, alimentação por fora, eu tenho que custear do meu bolso. Qualquer valor já ajuda muito – descreve a mãe dos meninos.

Ela relata que, assim que a reportagem foi publicada no Diário Gaúcho, na edição do dia 28 de março, já começou a receber doações em sua conta bancária. Segundo a mãe, muitas pessoas a telefonaram para confirmar a chave Pix e, posteriormente, enviar o dinheiro. 

A mãe conta que a ajuda veio de forma rápida, e que não tem palavras para agradecer tamanha solidariedade e gentileza. Para ela, poder ver seu filho melhor depois de tanto tempo traz um sentimento de alegria inacreditável:

– Eu estou muito feliz. Tudo, desde o diagnóstico, está dando certo. Está tudo no tempo certo, tudo andando direitinho. Eu só tenho a agradecer pela ajuda. A gente se sente abraçado. Eu me sinto muito feliz com a solidariedade das pessoas. A gente acha que nunca vai precisar e, quando precisa, sempre tem alguém para ajudar.

Relembre o caso

/// João Henrique foi diagnosticado com aplasia por anemia de Fanconi em dezembro de 2023, após uma consulta médica por conta de uma gripe. A médica que atendeu o garoto desconfiou de sua aparência pálida e realizou exames que confirmaram a suspeita. A partir desse momento, o tratamento com transfusão de sangue e medicamentos se iniciou. 

/// Devido à doença, que causa imunidade baixa, o menino teve que parar de frequentar a escola e a mãe, de trabalhar. 

/// O transplante de medula óssea curará João Henrique que, depois de passado por todo o processo, fará apenas consultas anuais. O doador será o seu irmão, Davi, que já tinha compatibilidade confirmada. Porém, na ocasião, era necessário realizar o teste de pesquisa de quebras cromossômicas, que demonstraria se o caçula teria a mesma doença de João, que pode ser hereditária. Como o caçula não tinha sintomas, o Sistema Único de Saúde (SUS) não possibilitava o exame, por isso, Ana Paula iniciou a arrecadação do valor do teste, de R$ 1.328 no sistema privado.

Como ajudar

/// Ana Paula e João Henrique precisam de ajuda para se manter em Curitiba após o transplante.

/// Doações podem ser feitas para o pix (telefone): (51) 99553-6426.

*Produção: Elisa Heinski



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