Em março de 2017, entrei ansioso na Redação Integrada do Grupo RBS. Um fervoroso prédio com duas centenas de jornalistas tamborilando acontecimentos em seus teclados. Tudo isso num dos cruzamentos mais famosos de Porto Alegre: Ipiranga x Erico Verissimo. De lá para cá, virei assistente de redação, depois repórter. Contei histórias gigantes (e também outras bem pequeninhas – e tão boas como aquelas grandes). Mudamos uma lei (agora tem que ligar o ar-condicionado do ônibus sempre que tá calor), mostramos linhas de ônibus chegando ao fim (adeus ao velho C4 – Balada Segura) e mostramos o descaso do poder público com os mais pobres (em muitas ocasiões).

Em 2020, a pandemia veio, outro jeito de fazer reportagens também, mas as histórias seguiram. Foi um período diferente, mas o assolo do coronavírus foi embora. Porque o tempo é assim, as coisas vêm e vão. Não dá para se prender no ontem nem se desesperar pelo amanhã. O agora se impõe.

Mudanças

Em 2023, voltamos para aquela pulsante Redação na Erico com a Ipiranga. Ainda firme nestas queridas páginas do nosso Diarinho. Aliás, trabalhar aqui sempre foi demais. Cresci com minha mãe fazendo as cruzadinhas do jornal enquanto atendia no caixa do nosso mercadinho, encrustado na Vila Santa Maria, no Costa e Silva, na Zona Norte. Foi nestas páginas que aprendi a ler. Mas aprendi também que tem um mundo na periferia e que ele merece espaço na imprensa.

E todo esse aprendizado, todas essas andanças pelas mais distantes comunidades da Região Metropolitana, agora vão estar também em outros caminhos. Recebi, com muita alegria, o convite de assumir um posto na reportagem da RBS TV, aqui mesmo no Grupo RBS. 

Então, querido leitor que acompanha algumas das histórias que contei nestes últimos sete anos de DG, te convido agora a ficar ligado na telinha. Nos vemos por lá!