Maior durabilidade
Bateria de smartphone vicia? Especialista explica
No começo da fabricação dos aparelhos celulares, as baterias de níquel-cádmio apresentavam o chamado "efeito memória", já as atuais de íon-lítio não enfrentam o mesmo problema
Há décadas, na chegada dos primeiros dispositivos móveis ao mercado, a grande parte das baterias era composta de níquel-cádmio (NiCd), chegando ao que conhecemos hoje por íon-lítio.
Toda bateria de smartphone sofre com perda gradual de capacidade, sobretudo após o primeiro ano de uso. Contudo, diferentemente das antigas baterias de níquel-cádmio, as atuais, fabricadas a partir de íon-lítio, não apresentam essa rápida defasagem.
Bateria de smartphone vicia?
O professor José Mauricio Maciel, coordenador da Engenharia de Computação da Universidade de Passo Fundo (UPF), afirma que as baterias dos smartphones não viciam.
— As atuais baterias, majoritariamente do tipo íon-lítio, além de não apresentarem esse problema (vício), também conhecido como "efeito memória", possuem mais do que o dobro da densidade energética das anteriores — aponta.
Isso significa que a duração dos modelos antigos de baterias era mais encurtada por não armazenar a mesma quantidade de energia.
O que é o efeito memória?
No começo da fabricação dos aparelhos celulares, as baterias de níquel-cádmio apresentavam o chamado "efeito memória".
Esse efeito é causado por modificações químicas sofridas pelos materiais utilizados na confecção das células (a formação de cristais de Cádmio, por exemplo), o que faz com que as baterias propensas a esse efeito adquiram uma capacidade de carga cada vez menor.
Baterias atuais x baterias antigas
As baterias atuais de íon-lítio têm menor possibilidade de sofrer com o chamado efeito memória, perdendo a capacidade de maneira mais lenta, após repetidas cargas e descargas, que varia entre 300 e 600 ciclos.
Portanto, a vida útil da bateria se mantém enquanto os ciclos de carga completa estiverem dentro do padrão especificado no manual de instruções. Assim, diferentemente das baterias de níquel-cádmio, as atuais de íon-lítio são mais duráveis e não viciam como antigamente.