Novos planos
Prefeitura de Porto Alegre não construirá santuário para animais resgatados da enchente
Estratégia para refúgio de bichos salvos da cheia mudou após integrantes do Gabinete Causa Animal realizarem palestras com veterinários que já atuaram em catástrofes. Administração planeja contratar abrigos menores para maior controle de eventuais doenças
A prefeitura de Porto Alegre, por meio do Gabinete Causa Animal (GCA), decidiu que não abrirá o santuário para abrigar os bichos resgatados da enchente. Locais menores deverão ser disponibilizados pela administração da cidade para o cuidado destes animais.
A promessa inicial era de que um espaço único, localizado no bairro Glória, centralizaria a demanda de animais resgatados da cheia que estavam em abrigos voluntários. A cedência do local estava prevista para acontecer ainda no mês de junho. O santuário funcionaria por dois anos.
Segundo a secretária do GCA, Fabiana Ribeiro, as equipes da prefeitura decidiram não ir adiante com a ideia após participarem de capacitações e palestras com veterinários que já atuaram em catástrofes, como a de Brumadinho.
— Depois de diversas reuniões, promovidas pelo Ministério Público e com a participação de veterinários especialistas em Medicina de Abrigos, a prefeitura optou pela opção mais segura para a saúde dos albergados: a descentralização dos locais de albergagem — afirma.
De acordo com a secretária, os especialistas explicaram que abrigos menores são mais eficazes para a contenção de eventuais doenças. Um local com todos os animais poderia propiciar que moléstias fossem disseminadas mais rapidamente e para um número maior de bichos, contextualiza.
A prefeitura planeja agora contratar locais pequenos e médios para albergar os pets da enchente. O cronograma para essas contratações ainda é organizado pelo Gabinete Causa Animal.