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Quase dois meses após enchente, Porto Alegre volta a ter todas as casas de bombas funcionando

Estação de Bombeamento de Água Pluvial 21, na Vila Asa Branca, foi religada nesta segunda-feira com 50% da capacidade. Durante a cheia dos primeiros dias de maio, 19 unidades chegaram a parar de operar

02/07/2024 - 10h58min


Gabriela Plentz
Gabriela Plentz
Roberta Brum / Dmae / Divulgação
Foto de 24 de maio mostra bomba flutuante da Sabesp em operação junto à estação de bombeamento 9.

O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) religou nesta segunda-feira (1º) a casa de bombas 21, que fica na Vila Asa Branca, no Sarandi. Essa era a última das 23 Estações de Bombeamento de Água Pluvial (Ebaps) de Porto Alegre fora de operação. Com a enchente nos primeiros dias de maio, 19 chegaram a ser desligadas. 

Todas as 23 casas de bombas estão funcionando com, ao menos, um equipamento operante. Isso corresponde a 65% da capacidade total das estações, pois há diferentes configurações. Algumas casas de bombas têm oito conjuntos de motores e bombas, outras menores têm dois conjuntos. O Dmae informa que trabalha para reativar todos os motores, mas não define prazo, restringe-se a informar que os reparos são contínuos e a recuperação será gradativa.

Os esforços que estavam concentrados no sistema pluvial foram divididos no sistema de esgotos e na parte de água após a recuperação da maior parte do sistema. A operação atual é avaliada como suficiente para a quantidade de chuva prevista para Porto Alegre.

— A gente não está mais nessa força-tarefa, nessa correria de reinstalar motores. O sistema agora, praticamente, foi restabelecido. Claro que não na sua totalidade, mas foi. Como temos já uma certa segurança de operação, temos de voltar as atenções também para outros sistemas, de esgotamento sanitário e também de abastecimento de água — explicou o diretor-geral do Dmae, Mauricio Loss. 

A casa de bombas número 10, também no Sarandi, é a única que permanece funcionando com geradores elétricos. As demais já foram religadas à energia, sendo que cerca de um terço delas conta com geradores como reserva.

Bombas da Sabesp

Três das nove bombas emprestadas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) em maio à Capital três seguem instaladas. De acordo com o Dmae, duas delas estão no Sarandi, à margem da freeway, entre os quilômetros 88 e 89, na altura da Estação de Tratamento de Esgoto Sarandi. Uma terceira está no Aeroporto Internacional Salgado Filho.

Os equipamentos auxiliaram a esgotar a água acumulada, mas agora estão desligados por falta de demanda. Segundo o Dmae, eles voltarão a ser acionados caso seja necessário. 

— Todas foram colocadas em operação na época em que se precisou. Agora a gente está só com três de backup. Estamos com duas no Sarandi, próximo às estações de bombeamento 9 e 10, e uma junto a um dos canais dentro do aeroporto, para que a gente também tenha um backup ali, caso tenha algum problema na região do Anchieta — afirmou Loss.

As outras seis bombas flutuantes foram desmontadas e estão guardadas. Ainda não há um prazo para que elas retornem para São Paulo.

— Estamos bem alinhados com o pessoal da Sabesp. A previsão é de que fiquem equipes da Sabesp nos ajudando aqui ainda por um tempo, claro que equipes reduzidas, mas até para caso tenha de operar essas bombas. A gente não estipulou ainda com a Sabesp um prazo de devolução — explicou Loss.

Outras duas bombas reservas da empresa Higra estão alocadas no Humaitá. Esses equipamentos foram cedidos pelo governo federal e não precisarão ser devolvidos.


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