Limpeza na semana que vem
Unidades flutuantes, caminhões e palafitas: prefeitura estuda alternativas para as unidades de saúde das Ilhas de Porto Alegre
Postos localizados no bairro Arquipélago foram destruídos na enchente de maio. Atualmente, a estimativa é de que quase 8 mil pessoas precisem das unidades. Ainda não há previsão para reformas e reaberturas
Sem previsão para reabrir as três unidades de saúde do bairro Arquipélago, afetadas pela enchente de maio, a prefeitura de Porto Alegre estuda alternativas de reconstrução. Os postos ficam nas ilhas do Pavão, da Pintada e dos Marinheiros.
Na Ilha do Pavão, a possibilidade mais próxima é da montagem de uma unidade flutuante no lugar da antiga base de saúde. Já nas da Ilha da Pintada e da Ilha dos Marinheiros, a principal alternativa deve ser a montagem de grandes unidades móveis, como em um caminhão, com custo de cerca de 4,5 milhões — mesmo valor estimado do que seria usado na reconstrução da unidade tradicional. Junto dela, seriam instalados contêineres para permitir mais espaços de apoio.
A construção de unidades em palafita, mais elevadas, também é avaliada. No entanto, é uma obra considerada mais cara. A reforma dos locais e reconstrução da mesma forma como eram antes da enchente é cogitada apenas em último caso.
— Estudamos várias possibilidades, e a que menos nos agrada é reformar as unidades que estão lá agora. A gente não sabe o que pode acontecer, porque é mais difícil ter uma proteção ali — explica o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter.
A limpeza bruta das três unidades começa na próxima semana, em parceria com a Marinha do Brasil. Técnicos vão analisar qual será o investimento mais adequado de acordo com o número de pessoas que utilizam os espaços.
Atualmente, a estimativa é de que quase 8 mil pessoas sejam atendidas nas unidades das Ilhas, sendo cerca de 4,6 mil na dos Marinheiros, 3 mil na da Pintada e 450 na do Pavão.