O meu Direto de hoje é sobre um fato que aconteceu comigo e serve de alerta. Semanas atrás, fui chamado para fazer o exame periódico na empresa, aqueles que o RH marca de tempos em tempos para saber como está a saúde dos funcionários. Cheguei no consultório e a primeira coisa que a médica fez foi perguntar meu histórico: 

– Você sofre de alguma doença? Sente dores? Toma remédios? 

– Nada, sou bastante saudável – respondi, baseado na minha rotina de exercícios (confesso que, nessa parte da conversa, ignorei a bebida). 

Realmente, não posso reclamar da minha saúde ao longo dos meus 31 anos de vida. Por isso, também nunca vou ao médico. 

Voltando ao consultório do exame periódico... Depois do questionário, a médica mediu minha pressão. 

– Está alta – disse ela. 

– Engraçado que toda vez que venho aqui ela está alta – brinquei. – Vamos investigar isso? – rebateu a profissional. 

Confesso que, na hora, achei desnecessário, mas saí em busca de um segundo parecer. Marquei novos exames com outro médico. Chegando ao consultório, passei por todo aquele mesmo protocolo e, finalmente, o temido momento de medir a pressão. O veredito final foi: 

– A tua pressão é de hipertenso! Vou te prescrever dois remédios para começar o controle. 

Peguei a receita revoltadíssimo. Comprei os remédios no dia seguinte e comecei a tomar, ainda pensando: “Pra que tudo isso?”. Nem precisa de muito esforço para saber a resposta. Um Google na palavra e você descobre que hipertensão é uma doença silenciosa; a pessoa só sabe que tem quando dá ruim (leia-se AVC, infarto, aneurisma). Imagina se eu continuasse naquela de não ir ao médico porque minha saúde é “boa”. 

Achei importante trazer esse relato para dizer: vá ao médico. Manter uma rotina de exames é um investimento a longo prazo, proporcionando maior qualidade de vida e tranquilidade. Uma doença, quando diagnosticada cedo, pode ser tratada corretamente e não causar estragos maiores. Melhor assim do que ser tarde demais.