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Rio de Janeiro

Casal carioca desaparece durante viagem de carro pelo Chile

Aurora da Silva Rodrigues e Eraldo Rodrigues não retornam contato da família há cinco dias; de acordo com filho e nora do casal, a última localização registrada foi na cidade de Copiapó, no deserto do Atacama

23/08/2024 - 18h41min


Zero Hora
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Os cariocas Aurora da Silva Rodrigues, 59 anos, e Eraldo Rodrigues, 60 anos, desapareceram durante uma viagem de carro ao Chile. De acordo com familiares, o casal não responde contato desde domingo (18) quando chegaram na cidade de Copiapó, no deserto do Atacama. 

Ao O Globo, Raphael e Cintia, filho e nora do casal, falaram que os pais eram experientes em viagens, e não deixariam de dar notícias sem algum motivo relevante.

— Foi uma viagem a passeio. Eles saíram de Resende com a intenção de atravessar a Argentina, Chile e depois retornar ao Brasil de carro. Eles passaram na fronteira com a Argentina no dia 14, pela fronteira de Jama, e chegaram em Copiapó — disse Cintia ao O Globo.

A rotina de viagem de Aurora e Eraldo incluía o envio de fotos, localizações, descrição da rotina e planejamento do que fariam naquele dia. No último domingo, Cintia e Raphael enviaram uma mensagem de bom dia, mas não tiveram mais retorno.

— Conseguimos acessar o computador da minha sogra e a última localização foi em Copiapó, no hotel em que eles dormiram, mas há o registro de saída no domingo de manhã. Eles viajam bastante, fazem isso há anos, não foi uma situação nova para eles. Meu sogro é bem experiente, se preocupa muito com a segurança na viagem. O planejamento, depois de Copiapó, era seguir a Rota 31 até Paso San Francisco, onde retornariam ao Brasil — afirmou Cintia.

A família contou que não se preocupou nos primeiros dias sem contato, já que muitas áreas por onde o casal passaria não têm cobertura de sinal do celular. Mas, com o passar do tempo, Cintia e Raphael perceberam que havia algo errado, acionaram as autoridades e decidiram embarcar para o Chile para fazer as buscas por conta própria.

— Na terça-feira (20) começamos a nos preocupar e acionamos as autoridades. Já ligamos para a polícia local, hospitais e consulados. Agora estamos aqui, contando com a ajuda dos carabineiros da polícia local, e fazendo buscas por conta própria. Fizemos todas as partes burocráticas, e ontem decidimos ir para as redes sociais pedir ajuda. Não vamos descansar enquanto não encontrar eles. É complicado, desesperador, estamos trabalhando no escuro. As coisas são devagar para quem está passando por isso — desabafou Cintia.

Ao O Globo, Itamaraty confirmou que tem conhecimento do caso e está em contato com as autoridades locais e com os familiares dos cidadãos brasileiros.



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