Coluna da Maga
Magali Moraes: em construção
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
Essa semana foi comemorado o Dia do Psicólogo. E nunca se falou tanto sobre saúde mental. Nas Olimpíadas, os atletas deixaram bem claro que nem só de músculos se busca medalha. Terapia e treino é a dobradinha de sucesso. No mundo corporativo, já deixou de ser mimimi os inúmeros casos de exaustão de trabalho que levam ao burnout (numa livre tradução, é o cérebro pifando). Também os relacionamentos, as amizades e a convivência familiar testam diariamente as nossas emoções.
Somos seres em construção. E numa obra que não acaba. Cada experiência adquirida vai somando um tijolo a mais de aprendizado. Cada maneira como reagimos aos problemas vai nos moldando, não importa quantos anos de vida a gente traga nas costas. É aí que entra a terapia: ter alguém que nos ajuda a organizar o pensamento, que nos ouve e ensina a prestar mais atenção às nossas reações. Parece fácil, mas não é. Tem que quebrar muito tijolo no caminho.
Loucuras
Eu já havia tido experiências breves (e transformadoras) com terapia de casal e psicologia positiva pra suportar as loucuras de trabalho, além de acompanhar o bem que a terapia sempre fez para os meus filhos. Enquanto isso, eu ia me resolvendo sozinha, do jeito que dava. Antes tarde do que mais tarde ainda. Comecei oficialmente a fazer terapia em janeiro, após um surto de ansiedade. Não quero mais que ela seja a minha sombra. Não tem mais espaço pra esse tipo de sofrência na minha construção.
Tudo isso pra dizer: se você pode fazer terapia, faça. Se for só por um período curto, que seja. Com saúde mental não se brinca. A gente acha que dá conta de tudo, mas a que custo? Falando nisso, sim, custa dinheiro. É o tal do investimento em nós mesmos, tipo pagar academia. Buscar ajuda profissional é uma economia lá adiante: cuidar da cabeça dá paz de espírito. A todos os psicólogos, obrigada por existirem nas nossas vidas. Somos seres melhores com vocês apontando a direção.