Coluna da Maga
Magali Moraes: os meus, os seus, os nossos
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
Ainda bem que eu tenho editoras atentas aqui no DG. Senão você iria notar letras faltando ou sobrando, e com certeza veria espaçamentos esquisitos entre as palavras. É culpa da tosse. Ela não me larga. Cada vez que eu tusso, o dedo digita sei lá o que no teclado. Minha atenção ficou prejudicada por causa do gripão que peguei. Mesmo vacinada, hein. O que me leva a concluir: eu estaria de cama, totalmente derrubada, se não fosse a vacina feita há meses no Posto de Saúde Modelo (pessoal nota 10).
Antes foram os ataques de espirro que me tiraram dos eixos. Quem tem alergia respiratória sabe como é. Tudo sempre começa pelo nariz. Até uma mudança brusca de temperatura faz ele ir rapidinho do entupido parcial ao desespero total. Em crise de rinite ou em quadro gripal é impossível espirrar discretamente, aquilo vira uma explosão que ninguém segura. E assim eu chego ao título escolhido pra coluna de hoje. Os meus, os seus, os nossos germes. Haja imunidade pra escapar deles.
Ataque
Um dia, somos nós os atacados pelos germes. No outro, a gente é quem fornece os germes pro ataque. Não é vingança, é inverno mesmo. Imagina se inventassem óculos especiais pra enxergar esses bichinhos microscópicos soltos pelo ar? Melhor não, já existem neuroses demais no mundo. No auge da gripe, usei máscara e voltaram as lembranças da pandemia. Como conseguíamos respirar com elas por tanto tempo?! Tudo se acostuma. Até assoar o nariz a ponto de assar a pele.
Quem ganha com os meus, os seus, os nossos germes? A indústria farmacêutica e os fabricantes de papel higiênico (ajudei a bater as metas de vendas do mês). O jeito é se cuidar pra escapar de resfriado e gripe. Tomando vacina pra não ser pior. Em casos leves, apelando pra receitinhas caseiras de mel, gengibre, própolis e etc. E procurando atendimento médico se complicar. Dormir bem ajuda na recuperação. O problema é conseguir dormir em meio a tosses e espirros.