Coluna da Maga
Magali Moraes: pix e fax
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
O que tem em comum pix e fax, além do x? As transformações sociais e tecnológicas. Leitores jovens, calma que tia Maga explica. Fax é como se enviava prints lá nos antigamentes. Uma época das cavernas sem WhatsApp, smartphone e muito menos pix. O fax era uma mistura de telefone com impressora. Ele escaneava uma folha de papel e enviava esse texto ou imagem de um equipamento pra outro através de uma ligação. Havia números de telefone só com o irritante sinal de fax.
Credo, envelheci 10 anos lembrando disso. Agora vou rejuvenescer rapidinho: viva o pix, que reinventou as transferências bancárias e o nosso comportamento. Ele é tão brasileiro quanto o hábito de levar dinheiro e cartão na capinha do celular, como até as maravilhosas campeãs da ginástica artística fazem (apareceu quando elas fizeram selfies olímpicas). Pix é coisa nossa, e se abrasileira cada vez mais. Pix saque e pix troco são o puro suco de Brasil, não existiam no lançamento. É o típico jeitinho.
TEDs
Peraí. Novidades tecnológicas caducam com muita velocidade. O pix vai continuar sendo importante nas nossas vidas até quando? O que virá pra revolucionar? Ninguém mais lembra as TEDs e DOCs, transferências bancárias que enviavam dinheiro no mesmo dia ou no seguinte (isso era considerado super rápido). Hoje podemos nem ter dinheiro, mas temos sempre pressa. Se não for no exato momento, que seja tipo Miojo: pronto em longos 3 minutos. E assim, a tecnologia nos atropela diariamente.
Voltando ao fax porque estou nostálgica. Ele era fundamental em certos ambientes de trabalho. Ter em casa, só os ricos (e o trabalho remoto não era tão comum quanto agora). Nesse passado distante, se comprava linha telefônica como investimento!! Em 2024, os brasileiros investem é na criatividade. Mandar pix de um centavo virou uma nova forma de comunicação. Dá pra mandar uma mensagem de até 140 caracteres pra quem recebe o valor, lembra? Nem o fax foi tão útil.