Prevenção
Número de crianças não vacinadas cai no Brasil, mas é necessário seguir à risca calendário, aponta pediatra
Segura e eficaz, a vacinação é a melhor forma de evitar doenças graves em crianças, como coqueluche e poliomielite
Em abril deste ano, o Ministério da Saúde lançou a sexta edição da Caderneta da Criança, que serve como espaço de registro de questões de saúde para crianças de até nove anos, incluindo o histórico de vacinação.
Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o número de crianças brasileiras que não receberam nenhuma dose da vacina DTP1, que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche, caiu de 418 mil em 2022 para 103 mil em 2023.
O pediatra James Piccoli, médico cooperado da Unimed Porto Alegre, lembra que o calendário vacinal ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos mais abrangentes do mundo e deve ser seguido à risca pelos pais e responsáveis pela criança.
— Algumas vacinas não são ofertadas pela rede pública e estas devem ser realizadas em clínicas privadas como, por exemplo, as vacinas Meningocócicas B e ACWY, que protegem contra doenças gravíssimas, como meningites e septicemias. Já as vacinas Pneumocócica 13 ou 15 protegem melhor nossas crianças contra pneumonias graves – explica o médico, que destaca também a importância da vacinação contra a dengue, a gripe e a covid-19.
Apesar de serem parte das orientações dos pediatras nas consultas periódicas, as vacinas ainda trazem algumas dúvidas para os pais. Porém, Piccoli explica que os trabalhos científicos confirmam suas eficácias, mesmo que apresentando alguns efeitos adversos, como dor e vermelhidão no local da aplicação ou reação febril nas primeiras 48 horas, que, segundo o pediatra, podem ocorrer com qualquer vacina.
Recém-nascido:
- BCG (dose única): evita formas graves da tuberculose
- Hepatite B
Dois meses:
- Penta (primeira dose): evita difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae B
- Poliomielite 1, 2 e 3 VIP (primeira dose)
- Pneumo 10 (primeira dose): evita meningite, pneumonia e otite média aguda
- Rotavírus humano G1P1 (VRH) (primeira dose): contra diarreia por rotavírus (gastroenterites)
Três meses:
- Meningocócica C (Meningo C) (primeira dose): evita meningite
- Meningocócica B (primeira dose): evita meningites e infecções
Quatro meses:
- Penta (segunda dose)
- Poliomielite 1, 2 e 3 VIP (segunda dose)
Cinco meses:
- Meningocócica C (Meningo C) (segunda dose)
- Meningocócica B (segunda dose)
Seis meses:
- Penta (terceira dose)
- Influenza (uma ou duas doses anuais)
Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim)
* Produção: Padrinho Conteúdo