Correção de falhas
Obras de reforço em diques do bairro Sarandi começam em agosto
Primeira fase dos trabalhos vão durar seis meses
Responsável pelo alagamento ocasionado em parte da zona de Porto Alegre, o transbordamento dos diques do bairro Sarandi será combatido nos próximos dias pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). As obras devem começar em 20 de agosto.
OS reforços serão feitos nos diques da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) e do bairro Sarandi. Essa será a primeira fase dos trabalhos, que deverão durar seis meses, e que buscarão corrigir falhas estruturais.
Serão investidos R$ 10 milhões neste período. Em julho, o Dmae contratou um estudo. Sobre o dique da Fiergs, o constatou que a estrutura tem altura irregular. Em alguns pontos, a contenção está dois metros abaixo do previsto no projeto elaborado na década de 60.
Nesta primeira etapa, a obra vai elevar o nível do dique, que passará ao patamar acima dos cinco metros ao longo de toda a sua extensão. Para isso, pedras-rachão serão posicionadas, ampliando a largura da estrutura, que será aterrada.
Sobre o dique do Sarandi, o estudo apresentou falha em três pontos durante a enchente de maio, além de ter dois pontos considerados baixos entre as Estações de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebaps) 9 e 10. Na obra emergencial, o Dmae fará a elevação do nível nos locais com altura inadequada, por meio de pedras-rachão e aterramento, e a impermeabilização dos pontos de rompimento.
Para realizar a obra, 48 residências foram removidas em junho, quando houve a primeira intervenção na área. Nenhuma remoção será necessária na etapa que começa em agosto.
Além do estudo sobre os diques, o Dmae também contratou a elaboração de anteprojetos para melhorias e proteções nas Ebaps. O trabalho está em andamento e as primeiras intervenções devem ocorrer nos próximos meses.
- O processo de reconstrução de um dique é bastante complexo, e exige estudos extensos. O início das obras para reforço da estrutura tem como objetivo dar mais segurança à população enquanto os relatórios são feitos. Todas as intervenções feitas agora serão aproveitadas no futuro - quando, em médio prazo, teremos obras de maior extensão nessa área - afirma o diretor-geral do Dmae, Maurício Loss.