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Atingido pela enchente

Parque de Itapuã tem reabertura ao público prevista para outubro; veja como está o local

Apenas determinadas atividades relacionadas à educação ambiental e a pesquisas estão sendo realizadas, mediante agendamento prévio. Cheia causou danos às praias, que permanecem fechadas e passam por ações de limpeza. Trilhas também estão suspensas

06/08/2024 - 12h18min

Atualizada em: 06/08/2024 - 12h18min


André Malinoski
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O Parque Estadual de Itapuã, em Viamão, na Região Metropolitana, está fechado para o público em geral. Em função dos efeitos da enchente de maio, todas as praias estão fechadas aos visitantes, assim como as trilhas ecológicas oferecidas em meio à fauna e à flora dos quase 5,57 mil hectares.

Situado a 57 quilômetros da região central de Porto Alegre, o local é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral do Rio Grande do Sul. Neste momento, o parque recebe apenas visitas de caráter educacional ou científico, como grupos de escolas e pesquisadores. Tudo mediante agendamento.

A enchente causou danos em diversos pontos do parque. Os trechos de acesso às praias apresentam buracos e irregularidades no piso. Não é qualquer veículo que consegue avançar pelos caminhos de terra.

— Estamos segurando um pouco a visitação às praias em função de algumas melhorias que temos de fazer ainda — afirma a diretora de Biodiversidade da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Cátia Gonçalves.

Cátia acrescenta:

— O parque tem algumas ações abertas à comunidade que a gente prefere fechar neste momento. Para a gente se reestruturar e depois fazer a abertura e o acolhimento adequado. Estamos prevendo reabrir em outubro.

Estruturas destruídas

Na sexta-feira (2), a reportagem de Zero Hora visitou as praias da Pomba e da Pedreira. Foi possível ver pedaços de vidros quebrados na areia. Além disso, ainda há restos de galhos trazidos pela cheia em pontos de vegetação da orla. Na água, porém, não havia lixo visível.

Na praia das Pombas, que ficou submersa por cerca de 30 dias, a rampa de acessibilidade foi destruída. Além disso, três churrasqueiras e dois bancos da área de lazer foram danificados. Um robusto eucalipto foi trazido pela água e precisa ser retirado da orla.

A bióloga Dayse Rocha, gestora do parque e vinculada à Sema, cita outro ponto importante relativo à reabertura das praias:

— Precisamos ver a questão da balneabilidade da água para as pessoas — observa, citando o excesso de objetos que chegaram às praias trazidos pela correnteza.

A praia da Pedreira está com a área destinada para o estacionamento de veículos coberta por areia. Será necessária uma ação de remoção desse material para o cenário voltar a ser o ideal. Um trapiche e um pontilhão foram levados pela força da água.

Não há registro de que animais da fauna do parque tenham morrido na enchente. A água trouxe, porém, bichos já sem vida, como porcos. A inundação também deixou lixo em várias partes, como itens plásticos emaranhados na vegetação.

Ações de limpeza

No dia 21 de julho, foi realizado um evento chamado Um Dia no Parque. Na ocasião, os participantes fizeram uma trilha e dois mutirões de limpeza. Um deles ocorreu na praia das Pombas e o outro, na da Pedreira.

No sábado (3), aconteceu uma visita de duas turmas de estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde foi promovida outra ação de limpeza, na praia da Pedreira. Também foi realizada uma trilha de educação ambiental. 

Informações sobre visitas ao Parque Estadual de Itapuã podem ser obtidas por meio do e-mail cv-itapua@sema.rs.gov.br ou pelo telefone (51) 3494-8083.


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