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Após incêndio

Prefeitura de Porto Alegre prevê encerrar em setembro vínculo com a rede de pousadas Garoa

Conforme a Fasc, 19 pessoas assistidas pelo Executivo seguem hospedadas em unidade da empresa. Elas devem ser encaminhadas para uma nova casa de passagem que será gerida pelo órgão até o fim do próximo mês. Onze pessoas morreram na madrugada de 26 de abril, quando o fogo atingiu uma das hospedagens

27/08/2024 - 21h19min


Gabriela Plentz
Gabriela Plentz
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Mateus Bruxel / Agencia RBS
Unidade atingida por incêndio fica na Avenida Farrapos.

Quatro meses depois do incêndio que provocou a morte de 11 pessoas em uma unidade da Pousada Garoa, na área central de Porto Alegre, 19 pessoas assistidas pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) seguem hospedadas na rede. Em junho, o grupo era maior, com 66 pessoas alocadas em albergues da empresa.

Conforme a prefeitura, a previsão é de que essas pessoas que têm a estadia custeada com dinheiro público e permanecem na Garoa sejam transferidas para uma nova casa de passagem até o fim de setembro. O espaço será gerido pela Fasc e terá 50 vagas.

O ingresso de novas pessoas em situação de vulnerabilidade social assistidas pela prefeitura na Pousada Garoa foi suspenso logo após o incêndio. Entretanto, um contrato entre a administração da Capital e a Garoa segue vigente até o final do ano. O negócio foi firmado em dezembro de 2023 no valor de R$ 2,7 milhões. 

A desmobilização está sendo gradativa. Com a transferência destas 19 pessoas ainda atendidas, a tendência é que o vínculo entre prefeitura e a rede acabe, já que os pagamentos são feitos a cada hospedagem renovada, por meio de vouchers.

Após o incêndio, segundo a Fasc, das 308 pessoas que permaneciam na rede Garoa, 280 foram encaminhadas para outras modalidades de acolhimento, retornaram para a família ou estão em albergues e alojamentos provisórios. 

Uma Investigação Preliminar Sumária interna da prefeitura sobre o ocorrido segue em andamento, em fase de depoimentos e análise de documentos, mas sem previsão de conclusão.

Assim como o procedimento administrativo, o inquérito da Polícia Civil também não tem prazo para ser finalizado. Segundo a corporação, informações não são divulgadas para não atrapalhar as investigações, que seguem correndo. 

No final de junho, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) afirmou que entregou o laudo final sobre a ocorrência. O conteúdo dos documentos também não foi tornado público.

Relembre o caso

Uma unidade da Pousada Garoa na Avenida Farrapos foi atingida por um incêndio na madrugada de 26 de abril. O prédio fica entre as ruas Barros Cassal e Garibaldi, a poucos metros da Estação Rodoviária. O fogo começou por volta das 2h30min e se espalhou rapidamente pelos quartos da pousada.

Os bombeiros encontraram 10 vítimas. No dia 6 de maio, um homem que fora ferido no incêndio e estava hospitalizado faleceu, ampliando o total de mortos para 11.

A rede de pousadas Garoa era conveniada pela prefeitura para abrigar pessoas em situação de vulnerabilidade. Na unidade atingida pelo fogo, havia naquela noite 30 hóspedes, dos quais 16 tinham a estadia custeada com dinheiro público.



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