No bairro Menino Deus
Reforma do Tesourinha tem novos prazos após ser atrasada pela enchente; veja como está o interior do ginásio
Obra ainda está na primeira de três etapas previstas, com 70% de conclusão. A transição para a segunda fase, que era estimada para a virada do semestre, deve ficar para o final do ano. Durante a cheia de maio, local ficou inundado e inacessível
Os alagamentos provocados pela enchente de maio em Porto Alegre afetaram o andamento da reforma do ginásio Tesourinha, que teve alterações nos prazos de entrega. A obra ainda está na primeira de três etapas previstas. A transição para a segunda fase, que era estimada para a virada do semestre, deve ficar para o final do ano.
Atualmente, a etapa 1 está 70% concluída. Apesar da necessidade de ampliação do prazo, houve avanço: em março, os trabalhos estavam em 36%. A nova previsão é de que sejam finalizados até dezembro. O custo atualizado desta etapa está estimado em R$ 2,8 milhões.
Durante a enchente, a obra parou em razão da dificuldade de acesso ao local. Além disso, o ginásio, localizado na Avenida Érico Veríssimo, no bairro Menino Deus, foi inundado. Conforme Carla Zambiasi, arquiteta responsável pela obra, a água chegou a invadir 60% do ginásio e atingiu as paredes montadas em sistema drywall (divisórias industrializadas pré-moldadas). Elas já foram substituídas a partir de um aditivo no contrato com a empresa responsável.
A previsão da arquiteta é de que a segunda etapa possa se iniciar ainda em 2024, o que vai exigir um processo licitatório. Essa é considerada a fase mais complexa, com custo em torno de R$ 5 milhões.
Já a terceira e última etapa deve ficar para o ano que vem e ainda não tem investimento estabelecido.
— Estamos montando o escopo dela. Em um mundo ideal, vamos lançar o edital em 2025, mas será necessária a definição do recurso — ressalta a arquiteta.
Alterações na rotina
No começo das obras, a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude (Smelj) mudou o cronograma das atividades gratuitas que eram oferecidas no ginásio devido às intervenções no local. Com isso, foram transferidas para áreas como os parques Ramiro Souto e Ararigboia.
A Clínica Pública de Fisioterapia Esportiva, que funcionava no local, teve o atendimento temporariamente suspenso. Ainda não há previsão de quando a atividade deve ser retomada.
— O ginásio vai ficar um mês sem energia para a troca do transformador. Também devemos ficar sem água nesse período por conta de trabalho nos reservatórios. Então, estamos definindo ainda se o cronograma será mantido, pois dependemos disso também — explica Zambiasi.