Grande parte da fumaça dos incêndios que atingem o Brasil e países vizinhos foi dissipada do Rio Grande do Sul. Dados do Serviço de Monitoramento Atmosférico do Copernicus mostram baixa concentração de poluentes sobre o Estado nesta terça-feira (17), com o corredor de fumaça em circulação mais intensa sobre o centro-oeste e norte do país.

O afastamento é resultado de uma frente fria que ingressou no Rio Grande do Sul durante a última semana. A chuva, registrada em diversas regiões do Estado, "limpou" a atmosfera, enquanto o vento frio e úmido impede o retorno da pluma de fumaça ao território gaúcho.

Um dos efeitos é observado diretamente na qualidade do ar, que foi classificada como "moderada" nesta terça-feira, com índice de 60 IQA, pela agência suíça IQAir. Para efeito de comparação, na sexta-feira (13), quando o acúmulo de fumaça sobre a atmosfera do RS era alta, o ar da Capital estava "insalubre" e recebeu 157 de IQA, em uma escala que quanto maior o número, pior a qualidade do ar.

Outro efeito é visual. Após registrar apenas dois dias com céu azul entre 13 de agosto e 13 de setembro, Porto Alegre e Região Metropolitana voltaram a observar cores no horizonte e o brilho do Sol sem ofuscação.

Serviço de Monitoramento Atmosférico do Copernicus aponta que a fumaça dos incêndios deve começar a retornar ao Rio Grande do Sul a partir de quinta-feira (19). Abaixo, observe a projeção no gráfico: