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Magali Moraes: o X da questão

Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

06/09/2024 - 07h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Fernando Gomes / Agencia RBS
Magali Moraes

Você deve ter visto as notícias sobre a suspensão da rede X (antigo Twitter) no Brasil. Xandão mandou tirar do ar, tá mandado! Até o envio dessa coluna, o STF segue batendo de frente com o bilionário Elon Musk, dono do X (da Tesla e outras empresas) por causa do descumprimento das leis brasileiras que regularizam as redes sociais em território nacional. É uma queda de braço das boas, e tem a polêmica multa de R$ 50 mil pra quem acessar o X por VPN (rede privada virtual).  

Complicado tudo isso? É o fim da liberdade de expressão ou o começo? Uma rede social a menos pra acessar: bah, que alívio. Os memes que surgiram “pedindo” pro ministro Alexandre de Moraes cancelar outras redes (como a tóxica LinkedIn e a chatinha Teams, onipresentes no mundo corporativo) indicam que a piada tem um fundo de verdade. Estamos saturados, completamente dependentes, viciados. Imagina a quantidade de gente em crise de abstinência do X nesse momento.

Impossível 

Eu ficaria assim se o Xandão proibisse o Instagram? Provavelmente. Mas o alívio também viria. Hoje em dia é quase impossível viver sem redes sociais. É lugar de fazer negócios, encontrar amigos, aprender e se manter informado. Mas a gente se distrai e se inspira na mesma proporção em que se frustra e se estressa. Todo mundo parece sempre estar vivendo melhor. Mesmo sabendo que isso é mentira, a gente cai na armadilha de se comparar com os 50 tons de verde da grama do vizinho.

Será que os viciados no X vão correr o risco de serem multados em R$ 50 mil? Eu pensaria em tantas maneiras deliciosas de gastar essa quantia. Como viajar pra um lugar sem Wi-Fi pra me conectar com a cultura local e as pessoas que estivessem ali comigo. Taí um aprendizado constante: não ver o mundo só pela tela do celular, lembrar que tem vida real e imperfeita acontecendo ao nosso redor, buscar relações presenciais, olho no olho. Tentar equilibrar o tempo online e offline.

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