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Canos e bocas de lobo

Novos alagamentos em Porto Alegre se devem ao entupimento da rede de escoamento, estima professor do IPH

Avaliação leva em conta o fato de que as casas de bombas estão majoritariamente em operação na Capital. Ele ainda destacou que não há previsão de que o Guaíba atinja cota de alerta

27/09/2024 - 09h52min


Gabriel Jacobsen
Gabriel Jacobsen
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Duda Fortes / Agencia RBS
Ruas de Porto Alegre registram alagamentos em diversos pontos após alto volume de chuva dos últimos dias.

Porto Alegre voltou a registrar dezenas de pontos de alagamentos nesta quinta-feira (26) por conta do entupimento da rede de escoamento da água da chuva. A avaliação é do professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS, Fernando Dornelles.

Segundo o especialista, a avaliação parte do fato de que as casas de bombas estão majoritariamente em operação nesta quinta.

— A gente tem mais de 80% das bombas operativas e a gente não teve cortes de energia. Em princípio, os alagamentos não foram causados pelas casas de bomba. Então, a gente passa a olhar por que a água não conseguiu chegar nas casas de bomba. Possivelmente a gente teve obstruções, as galerias, a microdrenagem, as bocas de lobo podem estar obstruídas, principalmente nas partes mais planas da cidade, onde o escoamento não ocorre com grande velocidade — destacou Dornelles.

Ainda segundo o professor do IPH, as variações de nível do Guaíba se devem mais ao vento do que à chuva das últimas horas. Dornelles acrescentou que, pelas previsões atuais, não há perspectiva de o Guaíba atingir a cota de alerta.

— O que a gente tem agora são variações muito mais influenciadas pela condição de vento do que, de fato, das vazões chegando nele. A gente ainda não teve condições de chuva persistente com uma duração necessária para que a gente tenha elevação do nível do Guaíba. Por enquanto, a situação está bastante tranquila, não tem nada indicando que a gente vai entrar nem em nível de alerta aqui em Porto Alegre — acrescentou o especialista.

O professor do IPH também destacou que não há informações disponíveis, até o momento, que indiquem assoreamento do Guaíba após a enchente de maio.


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