Cuidados
Secretaria da Saúde de Porto Alegre divulga orientações para população se proteger do efeito das fumaças no RS
Concentração de partículas está quase 12 vezes acima do índice recomendado em Porto Alegre, causando riscos às pessoas
O céu do Rio Grande do Sul continua sendo impactado pela fumaça dos incêndios florestais no norte do continente. Há pelo menos duas semanas, uma densa camada de fumaça circula na atmosfera, deixando o céu cinza e afetando a qualidade do ar em diversas regiões.
Diante desse cenário, a Secretaria da Saúde de Porto Alegre (SMS) divulgou nesta terça-feira, recomendações para proteger a população dos efeitos nocivos da fumaça. As orientações seguem diretrizes do Ministério da Saúde e visam minimizar os riscos à saúde.
Recomendações para toda a população
- Se tiver sintomas respiratórios, busque atendimento médico o mais rápido possível
- Beber mais água e líquidos para manter o aparelho respiratório úmido e mais protegido
- Se possível, ficar menos tempo em ambiente aberto, durante o dia ou à noite
- Manter portas e janelas fechadas, para diminuir a entrada da poluição externa no ambiente
- Evitar atividades em ambiente aberto enquanto durar o período crítico de contaminação do ar pela fumaça
Recomendações a pessoas com problemas cardíacos, respiratórios e imunológicos
- Manter ao alcance os medicamentos indicados pelo médico, para uso em crises agudas
- Buscar imediatamente atendimento médico se apresentar sinais ou sintomas de piora das condições de saúde após exposição à fumaça
- Consultar o médico sobre a necessidade de mudar o seu tratamento
O comunicado também alerta que grupos como crianças menores de cinco anos, idosos, gestantes, pessoas com doenças respiratórias, diabéticas e hipertensas são os mais vulneráveis e precisam de cuidados redobrados.
Qualidade do ar
Segundo a agência suíça IQ Air, Porto Alegre registrou nesta terça-feira (10) uma qualidade do ar "insalubre", em uma escala que varia de "bom" a "perigoso".
A concentração de partículas de até 2,5 micrômetros (PM2.5) na Capital está quase 12 vezes acima do índice recomendado pelas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Essas partículas microscópicas são menores do que a espessura de um fio de cabelo. Elas podem ser facilmente inaladas, chegando profundamente aos pulmões, o que agrava os problemas de saúde.
Principais riscos à saúde
- Agravamento de doenças respiratórias, como bronquite, asma e falta de ar
- Aumento do risco de doenças cardiovasculares, com elevação da pressão arterial
- Irritação nos olhos, nariz e garganta devido à alta concentração de poluentes