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Falta de plataforma, danificada pela enchente, dificulta acesso de servidores com deficiência ao Centro Administrativo do Estado

Empresa foi contratada para realizar manutenção, mas serviço ainda não tem prazo para ser concluído. Administração do prédio afirma que acesso é garantido por outra rampa metálica

24/10/2024 - 13h30min


Gabriela Plentz
Gabriela Plentz
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A plataforma elevatória que garantia acessibilidade no prédio principal do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), em Porto Alegre, está fora de operação desde maio. A estrutura foi danificada pela enchente e ainda não foi recuperada.

O elevador fica na ala sul do edifício e viabiliza a entrada de servidores com deficiência. É o caso de Pedro Brasil, 40 anos, que trabalha no 16º andar do Caff.

— Eu saía bem na entrada do prédio e conseguia me dirigir sozinho até o elevador e acessar minha secretaria. Mas o problema é que, com o elevador não funcionando, eu não tenho como subir essas escadas da entrada principal — relata o servidor, que ainda não voltou às atividades presenciais desde a inundação, em razão deste problema.

Em nota enviada a Zero Hora (leia a íntegra abaixo), a subsecretaria de Administração da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), responsável pela gestão do Caff, informou que contratou uma empresa para conserto da plataforma. Entretanto, não há um prazo para que o equipamento volte a funcionar. Cerca de 10 funcionários do local utilizam a estrutura.

Uma rampa metálica que fica próxima ao elevador também havia sido interditada para obras, inviabilizando uma alternativa para pessoas em cadeiras de rodas. Conforme a administração, a estrutura já foi liberada. A gestão também se comprometeu a não bloquear mais a rampa enquanto a plataforma elevatória permanecer fora de serviço.

De acordo com a SPGG, o acesso de pessoas com deficiência ao prédio "sempre esteve garantido" por meio da rampa localizada na ala norte do complexo. Para o servidor Pedro Brasil, entretanto, essa rampa não é, de fato, acessível, além de não ter cobertura.

— É uma rampa enorme, que não tem cobertura. Não tem nenhuma condição de a pessoa caminhar ali sem estar sujeita a algum risco. Completamente inviável. Como um cadeirante vai guiar a cadeira e segurar um guarda-chuva ao mesmo tempo? — avaliou.

O complexo do Caff tem 21 andares, com duas alas, e concentra mais de 20 secretarias e órgãos do governo estadual, além de um anexo onde funciona a Secretaria Estadual de Educação e a Casa da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa). Trabalham no local cerca de 5 mil servidores. Atingido pela enchente, o centro administrativo ficou fechado de 5 de maio a 15 de julho deste ano.

O que diz a SPGG

- A subsecretaria de Administração da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, responsável pela gestão do CAFF, informa que o acesso das pessoas com deficiência ao prédio sempre esteve garantido por meio da rampa localizada na Ala Norte do complexo.

- Com relação ao elevador denominado "plataforma elevatória", o equipamento foi fortemente impactado durante as enchentes. A Administração já realizou a contratação de empresa de manutenção para solucionar a questão.

- Em relação à rampa metálica, esteve interditada, por motivos de segurança, devido às obras de pintura e linhas de vida realizadas no CAFF. Nesta terça-feira (15) a rampa já se encontra liberada e só será interditada novamente quando a plataforma elevatória estiver em operação.

- As rampas da Ala Norte do CAFF são de concreto e possuem sinalização de acessibilidade.


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