Coluna da Maga
Magali Moraes: dias cheios
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
Os próximos dias acumulam várias comemorações. Entre o Dia das Crianças e o Dia dos Professores, tem o meu aniversário no dia 13. Neste domingo, eu completo mais uma volta ao redor do sol. Acho bonita essa forma de se referir ao fechamento de um ciclo e ao início de outro. No meio disso tudo, meus dois irmãos também fazem níver. Já contei aqui uma curiosidade familiar: nascemos nos dias 11, 12 e 13 de outubro. Três librianos que mais parecem uma tarefa de gincana escolar.
Nem todos os dias cheios são feitos de feriados e festejos. Geralmente eles pesam nas costas. Existe a cultura da produtividade, que é um dos males modernos. Sabe aquilo de fazer o máximo possível dentro das 24 horas? De almoçar na frente do computador pra não perder tempo? E tem a balela do “enquanto eles dormem, eu trabalho” (consequentemente, sou um vencedor). A menos que você faça plantões noturnos na sua profissão, bora dormir direito e não cair nessa conversa.
Compromissos
Algumas fases da vida são agitadas mesmo, como quando se tem filhos pequenos, por exemplo. Dos meus 20 aos 55 anos, trabalhei freneticamente. Eu era a gincaninha em pessoa. Vivia correndo. Abraçava compromissos que me estressavam. Em qualquer hora livre cabia mais uma atividade. Essa rotina acelerada virou o meu padrão. Mas a vida ensina o tempo inteiro. Nesse momento, estou em uma nova fase com mais liberdade de horários e dias mais calmos. Aprendendo a desacelerar.
Não é fácil, viu? A gente sai da loucurada, mas a loucurada demora a sair da gente. Enquanto isso, vou encontrando o ritmo certo. Deixando algumas culpas pra trás. Observando o que me faz feliz. Estar sempre em movimento é a força do hábito? Então quero escolher melhor o que vai movimentar os meus dias. Antes de assoprar as velinhas neste domingo, vou me concentrar nos pedidos. Que venha muita coisa boa pela frente. 57 anos, quem diria! Me sinto uma guria. Cheia de energia.