Corrigindo: eu, um Beatle, mais 33 mil pessoas. E quem se importa? Aliás, todos pareciam estar tão encantados quanto eu. Sábado passado fomos no show do Paul McCartney em Florianópolis. Ganhei esse presentão de aniversário dos meus amores. Na última vez em que Paul esteve em Porto Alegre, nos desencontramos. Também era meu níver, só que eu estava fora da cidade. Sete anos depois, fui até ele. Valeu cada quilômetro de estrada e a minha garganta arranhada.

Olha que ingenuidade, achei que seria um show bacana. Foi simplesmente sensacional e emocionante. Quando a gente se dá conta da grandiosidade de quem está ali no palco, por mais que seja uma formiguinha vista de longe, a ficha cai. Meu Deus!!! É o Paul McCartney!! Ele traz junto toda a trajetória de sucesso dos Beatles e de um movimento cultural que marcou o mundo para sempre. Um cara que não vive só do passado, segue se reinventando e criando novas músicas que também viram hit.

Vitalidade

Contei que Paul está com 82 anos? Pensa na vitalidade necessária pra fazer shows que duram até três horas, chegar antes pra passar o som, encarar turnês e pular de uma cidade pra outra. Deve ser confortável viajar de jatinho particular, se bem que ele não é mais um garoto. E tem a simpatia. Enquanto muitas bandas não fazem questão de interagir com a plateia, Paul conversa bastante em português e se aproxima da gente. Fãs de todas as idades, reunidos ali pra viajar no tempo, dançar e cantar.

Ir a show é cansativo, tem perrengue pra chegar e sair, são horas em pé. Por outro lado, tem a realização de um sonho, as fotos e vídeos de lembrança, a experiência vivida. Fomos em família, com os filhos e as norinhas. Não somos Beatlemaníacos, e nos arrepiamos igual. Vimos esse ícone cantando ao vivo, cantamos junto com ele numa noite mágica. 33 mil pessoas unidas por uma energia incrível. Agora, cá entre nós, aquela música Birthday ele cantou só pra mim.

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