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Infraestrutura abalada

Cinco de 14 pontes destruídas pela enchente no RS ainda não têm prazo para início de obras, mostra Painel da Reconstrução

Cinco das estruturas já estão com trabalhos em andamento e outras quatro devem começar em 2025

29/11/2024 - 11h37min

Atualizada em: 29/11/2024 - 11h37min


Beatriz Coan
Beatriz Coan
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Lorenzo Franchi / RBS TV
Na RS-348, em Faxinal do Soturno, ainda não há previsão para início dos trabalhos de recuperação de duas pontes.

Quase sete meses após a enchente que atingiu o Rio Grande do Sul, a população gaúcha segue sem previsão para o início da recuperação de cinco pontes essenciais para a logística do Estado. Ao todo, 14 travessias em rodovias estaduais e federais foram seriamente afetadas pelo evento climático. 

Dessas, cinco já estão em obras e outras quatro devem ter os trabalhos de reconstrução iniciados em 2025, mostram dados do Painel da Reconstrução, ferramenta do Grupo RBS que monitora a aplicação de recursos públicos em iniciativas pela retomada das condições produtivas do Rio Grande do Sul.

A malha rodoviária mais afetada pela chuva extrema que caiu entre o final de abril e ao longo de maio, é a estadual. Das 14 pontes que tiveram suas estruturas danificadas, 10 estão localizadas em rodovias sob responsabilidade do governo do Estado. 

Já o governo federal identificou quatro pontes sob sua administração que precisam ser recuperadas e todas já tiveram suas obras iniciadas. Além dos 14 pontos, outros diversos quilômetros das rodovias localizadas no território gaúcho também foram impactados. 

A demora em recuperar os trechos provoca prejuízos para moradores e empresários das regiões, que precisam, muitas vezes, utilizar rotas alternativas que ampliam as distâncias — elevando também os gastos com transporte.

Pontes em rodovias estaduais

Em julho deste ano, as duas estruturas danificadas da RS-348, ambas localizadas em Faxinal Soturno, na Região Central, já tinham empresa vencedora da disputa eletrônica para realizar a obra. Apesar disso, ainda não há previsão para início dos trabalhos. Na época, estava sendo realizada a análise jurídica e técnica para a homologação do resultado. De acordo com a atualização mais recente, a Secretaria de Logística e Transportes do Estado está encaminhando o processo de contratação da empresa Traçado, para depois ser emitida a ordem de início.

Outras três pontes tiveram o aviso de concorrência, para a pré-seleção da empresa que irá executar a obra, publicado no Diário Oficial do Estado somente no dia 18 de novembro. Entre elas está a estrutura na RS-441, em Vista Alegre do Prata, que já possuía empresa vencedora em julho e estava em fase de análise. Mas o projeto não foi aprovado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e a recuperação será financiada pelo governo do Estado, através do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).

As outras duas estão na RS-530, em Dilermando de Aguiar, e na RS-433, em Revaldo, e ambas esperavam liberação de recursos para que fossem iniciados os processos de contratação. Até o dia 28 de novembro, nove empresas já haviam manifestado interesse através do aviso de concorrência.

As pontes na RS-417, em Itati, na RS-471, em Sinimbu, e na VRS-843, em Feliz, já estão com ordem de início assinadas. Em julho, elas aguardavam análise jurídica e técnica da empresa vencedora da disputa para a homologação. De acordo com a secretaria, a previsão é de que as três obras comecem no início de 2025. Todas devem ser concluídas em até 15 meses. Caso os trabalhos se iniciem em janeiro, as entregas devem ser feitas em março de 2026.

Já a ponte na RS-431, em São Valentim,  teria as propostas do edital de licitação analisadas em julho. Cinco meses depois, a ordem de serviço já foi assinada e o início da obra também está previsto para o começo de 2025. Conforme o contrato, a recuperação deve ser concluída em 18 meses. Se começar em janeiro, a previsão de entrega é para junho de 2026.

Entre as 10 estruturas identificadas pela secretaria, apenas a ponte na RS-130 já está em obra. Ela é a única que está sendo financiada pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que deve custear os R$ 14,05 milhões orçados para a recuperação, através dos recursos obtidos nas suas praças de pedágio. Os trabalhos no local, entre Arroio do Meio e Lajeado, começaram no dia 5 de junho, pela empresa Engedal, e a previsão de conclusão é em março de 2025.

Pontes em rodovias federais

Porthus Junior / Agencia RBS
Ponte sobre o Rio Caí, na BR-116, deve ser a primeira a ter obra de reconstrução finalizada.

A primeira ponte a ser entregue deve ser a da BR-116, entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a previsão é de que o trabalho no local seja concluído ainda em dezembro deste ano. A obra se iniciou em 9 de julho e, caso cumpra a estimativa, será executada em seis meses.

A ponte na BR-287, em São Vicente do Sul, deve ser a próxima sob administração federal a ser entregue. Em julho, ela estava em fase de conclusão dos planos de trabalho e não tinha previsão de início da obra. Atualmente, os trabalhos já começaram no local e a estimativa é que sejam concluídos em 2025.

Por fim, as estruturas localizadas na BR-153, em Cachoeira do Sul, e na BR-471, em Rio Pardo, devem estar totalmente recuperadas somente em 2026. No levantamento anterior, o projeto da ponte na BR-153 passava por adequação e atualmente as obras já foram iniciadas no local. Já a ponte em Rio Pardo estava em fase de conclusão dos planos de trabalhos e agora já está com contrato assinado e com os trabalhos em andamento.


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