Bairro Restinga
Jovem morta por bala perdida na zona sul de Porto Alegre foi alvejada na cabeça enquanto aguardava em veículo
Camila Lopes Fruck, 25 anos, chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a polícia, a vítima não tinha relação com o tiroteio, que teria sido praticado por grupos criminosos
Camila Lopes Fruck, 25 anos, aguardava dentro de um veículo, na madrugada deste sábado (16), na zona sul de Porto Alegre, quando foi atingida por uma bala perdida, no bairro Restinga. A jovem, alvejada na cabeça, chegou a ser socorrida até o hospital, mas não resistiu. A morte, segundo a polícia, deu-se em meio a conflitos entre grupos criminosos.
O carro onde estava a jovem havia estacionado em frente a uma loja de bebidas por volta das 4h. A polícia ainda não sabe se a jovem estava retornando de uma festa que ocorria nas imediações, mas havia movimentação na Esplanada da Restinga em razão da saída da confraternização numa quadra de samba.
— O motorista do veículo desceu para comprar algo na loja e, neste momento, se inicia o tiroteio. E ela acabou atingida por um disparo de arma de fogo — narra o delegado André Luiz Freitas, da 4ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A polícia ainda apura que tipo de arma e calibre atingiram a jovem. Camila foi levada até o Hospital da Restinga, mas não resistiu. Nas redes sociais, a jovem, que era moradora da zona sul da Capital, identificava-se como estudante de técnico de enfermagem.
Conflitos
A Restinga é um bairro onde há presença de diversos grupos criminosos, numa espécie de colcha de retalhos do tráfico de drogas. Segundo a polícia, a suspeita é de que membros de grupos rivais tenham se encontrada na região e dado início aos disparos, que culminaram na morte de Camila.
— Ela não tinha qualquer relação. A Polícia Civil está realizando diligências a fim de levantar informações sobre a dinâmica do ocorrido e identificar os autores — diz o delegado Freitas.
Comandante do 21º Batalhão de Polícia Militar, o tenente-coronel Hermes Völker diz que desde a madrugada os policiais estão trabalhando de forma conjunta com a Polícia Civil, em busca de pistas dos criminosos envolvidos na morte da jovem.
— Geralmente, os casos de homicídios se dão entre integrantes de grupos criminosos. Mas não foi esse o caso. A vítima não tinha antecedentes. Estava ali dentro do carro com amigos. É um caso muito grave. Queremos dar uma resposta à sociedade o mais breve possível e prender os autores o quanto antes — diz o comandante.