Coluna da Maga
Magali Moraes e a autoestima instantânea
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
A palavra autoestima tem um sinônimo lindo: amor-próprio. É se gostar, se cuidar, se aceitar, se valorizar, se orgulhar de si mesma. Algumas pessoas já nascem com essa capacidade (ou fingem muito bem), e quase nem pensam no assunto. Apenas seguem apaixonadas por seu reflexo no espelho. Outras sofrem a vida toda com isso. Até a criatura mais bem resolvida tem seus momentos de baixa autoestima. É quando o prefixo “auto” não quer de jeito nenhum virar “alta”.
O que fazer nessas horas? Reagir, de preferência. Buscar apoio pra se conhecer melhor e se aprovar. Também ajuda ter hábitos de autocuidado que fazem o amor-próprio florescer como as florezinhas chamadas Amor Perfeito. Nem precisa ser tão perfeito assim: a busca pela perfeição é uma armadilha que gera ansiedade e desconforto emocional. Somos seres em evolução, então está tudo certo ir aprendendo a lidar com a autoestima, entre tantas outras coisas que importam.
Lixadinha
Nesse exercício constante, cheio de altos e baixos, bora criar atalhos pra colocar a autoestima rapidinho lá em cima. Vou dar um exemplo que as mulheres vão me entender: fazer as unhas. Uma lixadinha que seja. Um esmalte bonito, que torna satisfatório a gente olhar e se encantar. É autoestima instantânea, nada abala a nossa confiança. Enquanto o esmalte seca, a gente ouve aquela voz interior dizendo “que bom que fiz a unha”. Traduzindo, “que bom que fiz algo por mim, obrigada de nada”.
Amigas são outra fonte de amor-próprio: o nosso e o delas. Conviver, conversar, compartilhar vivências, puxar a orelha uma da outra quando for preciso, elogiar sempre que possível. Pra ter a autoestima elevada, eleve tudo ao redor. A começar pelo nível dos seus relacionamentos. Não aceite quem te puxa pra baixo. Não se contente com pouco amor, pouca alegria, pouco reconhecimento. Quem sou eu pra te falar tudo isso? Sei lá, só uma mulher que acabou de fazer as unhas e tá podendo.