Coluna da Maga
Magali Moraes: falta pouco
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
Daqui a exatamente um mês, a ceia natalina já será assunto velho. Entre sobras de peru e louças pra lavar, estaremos com o pensamento na chegada do novo ano. Virados em uma mistura de cansaço acumulado, expectativas e esperança. Começar um ciclo parece bem mais promissor do que encerrar um, você não acha? Festas, brindes, fogos de artifício, simpatias pra atrair prosperidade. Melhor apostar na página em branco que é 2025 do que na lista das pendências que vão ficar em aberto.
Na teoria, deveria dar pra concluir tudo (me ensina como). Na prática, a gente sabe que não funciona assim. É quase impossível passar uma régua no dia 31 de dezembro e fechar a conta. E entender que janeiro é apenas uma continuação de dezembro perde todo o encanto. Tem muito gosto de realidade. O que dá tempo de realizar de hoje até a finaleira do ano? O que estamos dispostos a fazer ou a deixar passar? Vai no improviso ou agora é planejar dezembro nos mínimos detalhes?
Desacelerar
Olha, depende da energia que resta em cada um de nós. Estou mais interessada em desacelerar. Janeiro é logo ali, nada que um mês depois do outro não resolvam. Falta pouco pra mentalizar desejos lindos pra quem eu amo. Falta pouco pra agradecer (ainda mais) tantas coisas: as oportunidades de trabalho, os aprendizados, a saúde que não me deixou na mão, as pernas que me levaram pra todos os lados, as ideias que me acompanharam, idem as amigas e a família.
Como foi o seu ano? Falta muito ainda pra tirar suas conclusões? Sem querer te pressionar, experimenta ir relembrando tudo aquilo de bom que 2024 te trouxe. Importante relembrar também as dificuldades superadas porque isso resgata a nossa força interior. Agradecer nunca é demais, é um exercício de humildade e de aceitação da vida. No mais, é viver um dia de cada vez e não se intimidar pelos tropeços que surgem no meio do caminho. Falta pouco pra gente apertar o botão “Reiniciar”.