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Papo Reto

Manoel Soares: "Irmãos do amor"

Colunista escreve no Diário Gaúcho aos sábados 

09/11/2024 - 05h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Victor Pollak / TV Globo Divulgação
Colunista reflete sobre os sentimentos que circundam o amor.

O amor é importante para quem quer construir um relacionamento, mas é superestimado. O amor concentra magia e encantamento para situações que passariam despercebidas sem as lentes que coloca em nossos olhos, mas, no fim, ele não pode ser sobrecarregado, pois é sensível como a luz de uma vela. 

O amor é uma criança pequena que precisa ser cuidada pelos irmãos mais velhos, no caso, sentimentos que devem nascer antes dele em nossos corações. Uma irmã fundamental é a cumplicidade, ela faz com que o casal esteja unido em seus erros, suporte um ao outro e não se acuse ou se condene. 

Outro irmão importante do amor é o sorriso, quando este irmão não está em casa, tudo fica cinza, a comida parece não ter sal, ele dá gosto de açúcar para as bobagens da vida. Sorriso não é risada, fazer sorrir não é fazer palhaçada, mas abrir portas para a alegria entrar e decorar o ambiente com dentes e brilho no olhar. 

O amor tem uma irmã que é muito parecida com ele, tanto que às vezes são confundidos na rua. A paixão é uma irmã que vai e vem, no começo ela está sempre presente, mas, depois, ela tem visitas ocasionais. Quando chega, costuma trazer um outro irmão que, apesar de ser meio escandaloso e mal-educado, traz muita diversão, o nome dele é tesão. Ele e o amor, quando se juntam, fazem bagunças deliciosas, mas quando ele está sozinho deixa tudo bagunçado. 

O amor, por fim, quando está junto dos seus irmãos fica lindo e bem-cuidado, mas, quando está sem eles, chora até o coração partir e a alma ressecar. Minha dica é que olhem para os irmãos do amor, pois eles às vezes vão embora e nós não notamos.



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