*Texto publicado no DG, no espaço da colunista Magali Moraes, que está em férias.

Então é Natal, e o que você fez? Não, não é a cantora Simone, com seu clássico natalino. Sou eu mesmo, perguntando. O que fizemos?

Pergunto porque acho que estamos um pouco perdidos. Tudo bem que o universo não conspirou muito a nosso favor nos últimos tempos, mas, cá entre nós, não é de hoje que o tal do espírito natalino se perdeu.

Não sei bem explicar, mas tenho certeza de que você entenderá. Nosso brilho no olho ficou meio ofuscado e não estamos reagindo nem quando a data deveria nos inspirar.

Não fazemos mais nem o superficial. Veja, que bom era andar pela rua ali por meados de dezembro e ver casas, lojas e cidades decoradas. Tinha para todos os gostos e para todos os bolsos, das simples às extravagantes. Hoje, há pouco disso e o pouco é também pouco empolgado.

Algo que se reflete no que seria o mais importante, o simbolismo. A ocasião para fazer algo especial. Seja na reunião da família, para alguém necessitado ou para nós mesmos. A verdadeira confraternização, a celebração na sua essência. Quando foi que isso se perdeu? Porque se perdeu! E, embora cada experiência seja única, não falo só da minha. Ficamos, todos, mais frios e ninguém parece ligar.

Por isso, faço um pedido. Tire um minuto do seu tempo e reflita. Primeiro, busque lembrar o que te fez feliz neste ano. Há algo, certamente, uma coisinha que seja. Depois, inspirado por isso, pense sobre o que fazer para que o Natal seja especial.

É encher a casa de luzinhas e enfeites? Encha! É convidar um amigo que está distante para a ceia? Convide! É fazer as pazes com algum familiar com quem brigou? Faça! É dar uma lembrancinha a alguém que você gosta? Dê! É doar algo para alguém que precisa? Doe!

Acho que você captou a ideia, né? Meu pedido é para que tente recuperar o espírito natalino. Sei que esse sentimento ainda existe em algum lugar e que, se não o mundo, nosso feriado ficaria bem melhor com ele. Feliz Natal!