Gente, se o filho de vocês fica o tempo todo no computador ou no celular, recomendo que tenham calma. Minha geração, que nasceu nos anos 1980, acredita que trabalho é algo braçal e que devemos assinar a carteira e tal. Mas o mundo mudou muito, e hoje trabalhar com internet é um caminho que eles podem construir na vida. Não estou falando de redes sociais e vídeos engraçados, falo de criação de sistema de organização de clientes, distribuição de logística e produtos. 

Existe o front end, que é a formatação de estética de sistema. Aqueles botões que apertamos de “confirmar”, um exemplo bobo, quem faz isso é o profissional de front end. O que esse botão faz no sistema é trabalho do back end, a pessoa que cria as funções do sistema. Por exemplo, quando uma pessoa faz uma compra de cartão, existe a possibilidade de você ter os dados desse cliente para fazer uma pós-venda e catalogar o que a pessoa compra e quando compra. 

Blockchain

Uma profissão que nós, mais velhos, nunca vamos entender, mas que essa molecada entende muito bem, é operador de blockchain, um sistema que guarda dados e informações sigilosas de forma inviolável. Assim como querer ser jornalista um dia parecia ser uma profissão sem futuro, mas com o tempo foi entendida como uma possibilidade real. 

Na nossa geração, por exemplo, nunca passou pela nossa cabeça a possibilidade de que piloto de drone fosse profissão. É nessa lógica que precisamos entender que as profissões que nossos filhos terão talvez nós nem conheçamos ainda. Fora que as faculdades desses segmentos são mais acessíveis e mais baratas. Vale muito a pena entender quais são as profissões que nossos filhos querem ter e entender se elas estão alinhadas com o que o futuro reserva. Entre as profissões do futuro, estão: gestor de tráfego, cliente oculto, treinador de IA, reciclador de dados, reciclador de voz e por aí vai. Algumas dessas profissões pagam até R$ 20 mil de salário e permitem trabalhar de casa.