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Sete meses depois

Obra ampliada e uso de técnicas mais modernas: como foi o reparo do dique rompido no bairro Rio Branco, em Canoas 

Ao custo de R$ 3 milhões, esta é a primeira obra do cinturão de estruturas danificadas pela enchente de maio concluída e entregue na cidade da Região Metropolitana. O mais avançado, agora, é o serviço no Mathias Velho, que chegou a 26%

19/12/2024 - 14h32min


Paulo Rocha
Paulo Rocha
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Um dos diques de Canoas que registrou rompimento durante a enchente de maio, a estrutura do bairro Rio Branco foi reparada com margem de segurança de 10 metros a mais do que os 50 metros de extensão danificados pela inundação às margens da BR-448, atingindo também o bairro Fátima. A obra ainda contou com o emprego de técnicas construtivas mais modernas.

Entregue pela prefeitura no último sábado (14), a obra no trecho de 60 metros envolveu concretagem, colocação de uma manta impermeável de polietileno de alta densidade e aplicação de um sistema construtivo conhecido como "bolsacreto", que consite em injetar o concreto em bolsas de forma a moldar a estrutura.

— Uma tecnologia inovadora no Estado — afirma o secretário de Obras de Canoas, Guido Bamberg. 

O reparo do dique do bairro Rio Branco, sob responsabilidade da empresa Sultepa, custou R$ 3,09 milhões. Essa é a primeira obra do Cinturão de Diques de Canoas a ser concluída e entregue. 

Para o professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS) Fernando Dornelles, a obra cumpriu requistos necessários até aqui — no caso, a impermeabilização e a integração da parte que não foi danificada com a parte nova (a extensão de cinco metros extras para cada lado da ruptura). Mas alerta para uma próxima etapa que ainda é necessária: 

— Uma das coisa que a gente deve obedecer é a restauração da cota de coroamento, a cota do topo do dique.

Segundo o secretário Bamberg, uma empresa de engenharia já foi contratada para elevar o dique do bairro Rio Branco. A prefeitura identificou pontos com altura de cinco metros, enquanto o projeto original do antigo Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS) previa a necessidade de sete metros

Trabalho no bairro Mathias Velho chega a 26% 

No bairro Mathias Velho, o mais atingido pela cheia de maio na cidade da Região Metropolitana e onde também houve romoimento de um dique, o trabalho de conserto avançou em 26%. A obra começou em setembro e tem previsão de duração de 14 meses. Além do fechamento do ponto rompido, o conserto incluirá a elevação da cota para sete metros de altura. 

O projeto de recomposição do dique do bairro Mathias Velho é, agora, considerado o mais avançado no rol das melhorias no sistema de proteção de Canoas. 

Outros diques  

Além da necessidade de elevar os diques, Canoas tem o desafio de proteger regiões que ainda não contam com sistema de proteção. No bairro Mato Grande, a construção do dique está apenas 3,8% concluída. No bairro São Luís, uma empresa é responsável, no momento, pela atualização de estudos e projeto básico e pela avaliação de desapropriações. A previsão de obra é para o segundo semestre de 2025. 



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