Ficará pronto em abril o alargamento de um trecho de 1,5 quilômetro da Avenida Edgar Pires de Castro, na zona sul de Porto Alegre. A projeção é do novo secretário municipal de Serviços Urbanos, Vitorino Baseggio. O trabalho, que começou em novembro de 2023, deveria ficar pronto um ano depois, mas foi paralisado durante três meses após a enchente de maio de 2024.

— A região não ficou alagada, mas as equipes de trabalho foram deslocadas para outros serviços mais urgentes na cidade — afirma Baseggio.

Com investimento de R$ 3 milhões, estão sendo criadas duas faixas adicionais, uma em cada sentido, entre a Rua Dr. Raphael Loro e a Estrada Gedeon Leite (confira no mapa abaixo).  A obra foi projetada e executada pelas equipes da Divisão de Conservação de Vias Urbanas (DCVU), que faz parte da secretaria municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb). Empresas terceirizadas fornecem mão-de-obra e máquinas.  

De acordo com a prefeitura, falta pavimentar 300 metros do projeto, o que começará a ser feito na próxima segunda-feira (3). Depois, será posta uma segunda camada de asfalto para que as novas faixas fiquem niveladas com o antigo pavimento.

— Vai melhorar o fluxo para os clientes e agilizará a nossa logística. Também fica mais fácil a entrada e a saída de veículos, pois antes acabava trancando a pista. Agora, tendo duas, não tranca tudo — diz Marco Remião, gerente do supermercado Super Kan, que funciona no trecho da avenida que recebe a ampliação.

Concluída a pavimentação, ainda será pintada a sinalização na pista. A prefeitura ainda avalia se instalará mais sinaleiras e lombadas. Os comerciantes também deverão adaptar suas calçadas a um padrão estabelecido pelo município. Depois, haverá uma fiscalização para avaliar como ficou o serviço.

Próxima etapa 

Assim que a obra atual for concluída, a prefeitura projeta começar a alargar o trecho entre a Estrada Gedeon Leite e a Avenida Juca Batista. O trabalho será tocado pelas mesmas empresas que fizeram a primeira fase, mas o valor a ser investido ainda está sendo calculado. A secretaria municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) diz que avalia a complexidade obra, que pode custar menos do que a primeira fase.

Alternativa à duplicação

Havia, na década passada, um projeto de duplicação da avenida, começando pela Rua Darcy Pereira Pozzi até a Avenida Juca Batista. A proposta, que previa instalação de ciclovia e corredor de ônibus, chegou a ser inscrita no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 2013. Um estudo para esta obra foi aprovado na prefeitura dois anos depois, mas nunca saiu do papel.

Em 2022, a administração avaliou que o projeto precisaria ser refeito. A ideia era deixar a obra mais barata e com menos desapropriações de imóveis. A SMSUrb acabou, porém, adotando a estratégia de fazer a ampliação da capacidade da via em fases, como está sendo feito agora, sem faixa de ônibus e ciclovia.

— Foi uma decisão tomada em conversas com comerciantes locais. Hoje, não existe outro modelo previsto na nossa secretaria — garante o chefe da pasta de Serviços Urbanos.