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Atração confirmada no Planeta Atlântida 2025, Dilsinho garante: "Levar o pagode a novos lugares é a nossa missão"

Artista conversou com Zero Hora sobre família e os planos para continuar revolucionando a música após 10 anos de carreira 

09/01/2025 - 10h55min


Alexandre Rodrigues
Alexandre Rodrigues
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Dani Valverde / Divulgação
Dilsinho se apresenta no dia 1º de fevereiro.

Se existe um artista capaz de colocar todo mundo para cantar junto, é Dilsinho. E agora, no dia 1º de fevereiro, o cantor e compositor desembarca no Planeta Atlântida, trazendo toda potência do seu pagode. Os ingressos estão disponíveis no site planetaatlantida.com.br e nas Lojas Renner localizadas na Avenida Otávio Rocha, 184, e no Shopping Iguatemi, em Porto Alegre. A 28ª edição é uma realização do Grupo RBS e da DC Set Group e tem patrocínio de Renner, Banrisul, Coca-Cola, KTO e Budweiser.

Com 10 anos de carreira, Dilsinho traz na bagagem uma trajetória sólida e lançamentos que marcaram a música brasileira. Um dos maiores deles foi o álbum Diferentão, disponibilizado em volumes a partir de 2023 e que já ultrapassou 320 milhões de visualizações apenas no YouTube. No começo de 2024, o artista gravou a segunda parte do projeto, que, assim como a primeira, contou com grandes nomes da música brasileira: Ana Castela, representando o agronejo; Mari Fernandez, no forró; Vitor Kley, com o pop rock; e o Grupo Menos é Mais, trazendo uma dose dupla de pagode.

Mas o ano não parou por aí! Em maio, Dilsinho fez história ao ser o primeiro artista de pagode a se apresentar no Rock in Rio Lisboa. No Palco Tejo, ele entregou um espetáculo de tirar o fôlego, com balé, grandes sucessos como Duas, Péssimo Negócio e Refém, além de uma emocionante homenagem à cultura portuguesa, interpretando o hit Como Tu. Como se não bastasse, novembro trouxe mais um marco: a gravação do novo projeto Pagode do Diferentão 2, com participações especiais de artistas que também colaboraram nas outras edições, como Menos é Mais, Sorriso Maroto e Mari Fernandez.

Antes de desembarcar novamente no Rio Grande do Sul – um Estado pelo qual nutre enorme carinho –, Dilsinho conversou com Zero Hora sobre família e os planos para continuar revolucionando a música. Em tempo: o cantor e sua esposa, Beatriz Ferraz, aguardam o nascimento do segundo filho. Eles já são pais de Bella, nascida em 2021.

Dani Valverde / Divulgação
Será a terceira vez de Dilsinho no Planeta Atlântida.

Confira a entrevista

Neste ano, você vai subir ao palco do Planeta Atlântida pela terceira vez. Como você chega para mais uma apresentação no festival?

Estamos muito felizes por poder levar nosso trabalho mais uma vez ao Planeta, um evento que todo artista sonha em participar. Confesso que, na primeira vez, bateu aquele friozinho na barriga, aquela expectativa de como seria a recepção do público. Mas foi incrível, muito especial mesmo. Ver a energia da galera cantando junto e nos recebendo de braços abertos foi algo inesquecível. Agora, estar lá pela terceira vez representa muito para nós, especialmente para o pagode. É mais uma oportunidade de levantar a bandeira do nosso gênero em um festival tão importante, ao lado de grandes nomes. Dividir o palco com o Sorriso Maroto, que é um grupo de que sou fã incondicional, e com outros artistas que admiro torna tudo ainda mais especial. A sensação é de gratidão e responsabilidade por representar nosso ritmo para um público tão diverso.

Você tem uma ligação forte com o Rio Grande do Sul. Como começou essa relação?

Minha relação com o Sul começou bem cedo, quando eu tinha 16 anos, atuando como compositor. Desde então, o público do Sul me acolheu de uma forma muito especial. O Sul tem algo único: as pessoas não ouvem apenas a música que está tocando no rádio ou o hit do momento. Elas mergulham nos álbuns, exploram todo o repertório, até músicas que lancei lá atrás. Quando chego para os shows, a galera canta tudo, e isso é emocionante. O Sul foi uma das primeiras regiões que me recebeu fora do Rio de Janeiro, e até hoje é um dos lugares que a gente mais vai durante o ano. É uma relação construída com muito carinho e respeito mútuo. O público sempre abraçou o meu trabalho, e eu faço questão de retribuir essa conexão tão especial.

E como foi a experiência de tocar no Rock in Rio Lisboa?

Foi simplesmente inesquecível. Poder estar no Rock in Rio Lisboa, celebrando os 10 primeiros anos da minha carreira, foi um presente. Representar o pagode em um festival tão grandioso foi emocionante. Já tínhamos uma relação muito boa com o público de Portugal, mas tocar nesse palco foi a cereja do bolo. Ver pessoas cantando minhas músicas, algumas vindo de outros países da Europa para nos assistir, foi uma experiência surreal. Cada momento daquele show foi especial, desde a energia do público até a emoção da minha equipe, que está comigo há tantos anos. O Rock in Rio é um festival gigantesco, que conecta artistas com o mundo inteiro. Espero que a gente seja convidado para os próximos anos.

Na música Duas, você faz uma homenagem a sua esposa e a sua filha. Como a família influencia sua música, especialmente agora que você será pai pela segunda vez?

A família muda a forma como você enxerga o mundo, e isso reflete diretamente na música. Minha filha já é minha fã número um. Ela ouve minhas músicas no carro, pede para eu mostrar as novas. Isso me faz pensar ainda mais sobre as mensagens que quero passar, sobre as palavras que uso.

A música acaba sendo uma extensão do que vivemos em casa. Recentemente, fiquei seis dias fora de casa e, quando voltei, achei que minha filha estaria morrendo de saudade. Pensei: "Vou chegar, vou dar uma volta com ela, vou levar ela para brincar no parquinho…" Mas ela acordou e disse: "Pai, hoje tenho uma festa com meu amigo. A gente pode brincar amanhã?" Isso me fez refletir sobre como eles crescem rápido e como cada momento em família é precioso. Tudo isso influencia não só quem sou como pessoa, mas também a forma como me comunico como artista.

No projeto Diferentão, você mistura o pagode com agronejo, pop rock e forró. Na sua opinião, o que os outros gêneros musicais têm a aprender com o pagode e o que o pagode tem a aprender com os outros gêneros?

Acredito que a gente tem sempre algo a aprender quando faz um feat com outro artista. Primeiro porque isso traz um olhar novo para o público que já nos acompanha, além de abrir portas para um público que talvez nunca tenha ouvido nosso som. Quando gravei com a Ana Castela, por exemplo, que tem um público mais jovem, foi incrível ver como essa parceria aproximou as crianças do pagode.

Sempre que colaboramos com outro artista, precisamos mergulhar no universo dele. Isso envolve pesquisar sobre o que está em alta naquele segmento, entender o estilo, a forma como a música é produzida. Essa troca enriquece ambos os lados, e o público percebe isso.

Esses últimos dois anos foram muito especiais para o pagode. Temos visto um crescimento no profissionalismo dos escritórios, dos artistas, e isso fortalece o gênero como um todo. É incrível observar outros artistas cantando nossas músicas em eventos como rodeios e festas juninas. Ao mesmo tempo, o público do pagode tem acompanhado nossos passos em espaços novos, como o Rock in Rio e o próprio Planeta Atlântida.

Essa é a nossa missão: levar o pagode a novos lugares, apresentar nossa mensagem para o maior número possível de pessoas. Seja através de feats ou de shows em grandes palcos, o importante é expandir o alcance do nosso som e mostrar a força do nosso gênero musical.

Depois de tantas conquistas, o que ainda te desafia como artista?

Por muito tempo, meus sonhos profissionais foram minha maior motivação. Hoje, a minha família ocupa esse lugar. Procuro ser um pai melhor, marido melhor, irmão melhor, um filho melhor. Já conquistei muita coisa na música, mas agora o meu foco é ver minha família realizada, sentindo orgulho do Dilsinho. Continuo sonhando e trabalhando, mas deixo Deus guiar essa parte da minha vida.


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