Direto da Redação
Lis Aline Silveira: "Uma relação tão delicada"
Jornalistas do Diário Gaúcho opinam sobre temas do cotidiano
Desde o final de dezembro, não se fala noutra coisa. O caso do bolo envenenado tem gerado os mais diversos debates, teorias e uma surpresa atrás da outra. Pelo que indicam as investigações policiais até o momento, na origem de uma história tão triste, que já soma quatro mortes e incontáveis traumas, está uma relação delicada: a de sogra e nora.
Um relacionamento que rende muito pano pra manga – isso sem contar as inúmeras piadas que todo mundo já cansou de escutar. Prova disso é que a Netflix já está na segunda temporada do reality show produzido no Brasil Ilhados com a Sogra, no qual duplas formadas por genros/noras e suas sogras enfrentam desafios em uma ilha paradisíaca, tudo isso temperado com muito choro e bate-boca. Conflitos sobre dinheiro, fofocas, interferência na vida do casal e na criação dos netos estão entre os assuntos mais rotineiros por lá.
O maior amor
Li certa vez que o maior amor que pode haver entre seres humanos é aquele que se estabelece da mãe para o filho. Cito isso para dar uma amenizada na barra das sogras; deve ser difícil lidar com a concorrência de outra pessoa monopolizando o coração de seu filho, o maior amor da sua vida.
Para a nora que chega, também não é fácil. Ser o terceiro elemento em uma relação estabelecida há tanto tempo exige muito jogo de cintura.
São relações extremamente complexas, em que talvez um lado, ou ambos, tenham que engolir alguns sapos para manter a harmonia familiar. Mas a verdade é que baixar a guarda, contar até 10 e outros mecanismos parecidos são ainda a melhor alternativa.
Creio que se entender é melhor do que separar uma família. Não que sogra e nora precisem ser as melhores amigas, mas uma relação cordial é o caminho a ser seguido.
E deixemos as confusões para os programas de TV e as manchetes de jornal.