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Operação Verão

Litoral Norte tem recorde de 9 mil queimados por água-viva em 10 dias

Orientação inicial para quem for atingido pelo animal é o uso de vinagre. Para alertar os banhistas, os guarda-vidas hastearam a bandeira roxa, sinalizando o risco no local

02/01/2025 - 16h19min


Vitor Rosa
Vitor Rosa
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Jonathan Heckler / Agencia RBS
Presença de águas-vivas no litoral do RS se explica por corrente marítima que traz água clara e quente.

A Operação Verão no Litoral Norte do Rio Grande do Sul registrou um recorde de queimaduras por águas-vivas: ao menos 9.446 pessoas foram queimadas em 10 dias na região.

O número já supera o total registrado no mesmo período do verão passado, conforme informou Daniel Moreno, coordenador operacional da Operação Verão.

— Só na terça-feira (31), quando nós fechamos os dados, deu mais de 2,8 mil ocorrências registradas — destaca Moreno.

O fenômeno é explicado por biólogos como consequência de uma corrente marítima vinda do norte do Brasil, que traz água clara e quente para a costa gaúcha, criando condições ideais para a reprodução das águas-vivas.

Bandeira roxa

Para alertar os banhistas, os guarda-vidas hastearam a bandeira roxa, sinalizando o risco de animais marinhos perigosos no local.

A recomendação para quem sofre queimaduras é simples: aplicar vinagre na área afetada. O produto está disponível nas guaritas de guarda-vidas.

— Aquela sensação de queimação, aquele vergão que levanta e a dor já é neutralizada a partir dali. Após isso, lava com água do mar e aguarda um momento antes de lavar com água doce, água corrente de torneira — explica Moreno.

Miguel, apenas três anos, foi uma das vítimas na tarde de quarta-feira (1º).

— A gente estava ali brincando, uma pegou ele, daí eu fui ali, botei vinagre e ele quis brincar de novo. A gente vai cuidando, controlando, mas adianta pedir pra não brincar? Não, não adianta. Eles querem aproveitar — relata Maristela Rocha, mãe do menino.


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