Coluna da Maga
Magali Moraes: recomeçar diferente
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
Olha nós aqui de novo. Feliz 2025! Nessa primeira segunda-feira do ano, tão novinha e convidativa, eu te pergunto: quais são os planos a partir de agora? Fazer igual ou diferente? Manter tudo como está é seguro e dá menos trabalho. Já mudar, nem que seja um pouco, mexe com as nossas certezas. Imagina se der errado. E se a gente não gostar? O único jeito de descobrir é experimentando. Desde os últimos dias de 2024, eu me propus a enfrentar a minha maior fobia.
Não foi nada planejado, aliás, foi totalmente inesperado. A oportunidade apareceu na minha frente: uma pantufa marrom que sacode o rabinho e atende pelo nome de Chimi. Meu filho e minha nora nos apresentaram o novo integrante da família: um Shih Tzu recém nascido. Quem me conhece sabe que tenho um medo absurdo de cachorro, trauma mesmo. Me transformo quando vejo um se aproximando, o instinto de sobrevivência imediatamente me manda fugir, correr, disparar em tempo recorde.
Tímida
Se me contassem, eu não ia acreditar. Assim do nada, me senti capaz de tentar uma aproximação. Tímida, mas real. A coragem de esticar a mão e encostar no pelo. A vontade de ver de novo e progredir nos carinhos. No colo dos pais. Depois solto no chão (ele já correu atrás de mim ao redor do sofá e da mesa, ainda bem que sou mais rápida). Eu nunca tinha visto um cachorrinho aprendendo a latir, agora sei como é fofo. O mais inacreditável é ver que o rolo de fotos do meu celular já tem várias fotos dele.
Como o Rafa e a Rah vão ler essa coluna, quero deixar registrado: não garanto nada, mas seguirei tentando vencer meus medos. A possibilidade de lambidas me assusta. Não faço ideia se algum dia vou conseguir relaxar 100% na presença do Chimi (também conhecido como Chimia e Chimichurri). Só sei que está sendo diferente, no melhor sentido da palavra. A cada dia, uma descoberta. Inclusive descobrir que eu posso mudar, já não me sinto tão apavorada.