Cheguei à conclusão de que está faltando homem no mercado. Sei que minha afirmação parece machista e homofóbica, mas garanto que não é e não mudo o que disse: está faltando homem de verdade. Ser homem não tem nenhuma relação com a orientação sexual, nem com a bobagem de superioridade masculina. É sobre se olhar no espelho e tomar decisões ou arcar com as consequências do que foi decidido.  

Parece que nos últimos 25 anos, com algumas exceções, as pessoas do sexo masculino têm visões de mundo estranhas. No trabalho, por exemplo, se dividem em: aqueles que acreditam que dá para ganhar dinheiro sem se esforçar, os que não querem ser mandados pelos chefes e ficam ofendidos com isso, e aqueles que acreditam que trabalho é lugar para encontrar felicidade.  

Na vida amorosa, eles acham que assumir compromisso é prisão, que companheira é uma substituta da mãe, que ser rejeitado ou tomar um pé é desmoralização, que rede social é terapia em grupo. 

Como as uvas 

A falta de homem hoje não tem nada a ver com masculinidade, mas com maturidade. No papo que estamos tendo aqui, o contrário de homem não é mulher, mas criança. 

Parece que tem um monte de criança com barba na cara que luta pelo direito de ser Peter Pan. O resultado disso é que as mulheres, que lutaram para ser alguém na vida, estão tendo que viver na solidão para não se embolar com trastes ou encontrar amor em homens mais velhos. Talvez homens sejam como uvas, nem sempre a safra ajuda.