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Parque dos Maias

Polícia Civil diz que filmagens registraram afogamento de menina e que clube tinha guarda-vidas qualificado

Imagens de câmeras de segurança entregues por um representante da Acopam à Polícia Civil mostram o momento exato em que Rafaella Parodi de Azevedo se afogou

23/01/2025 - 11h52min


Karoline Ávila
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Família / Arquivo Pessoal
Rafaella foi levada pela mãe e pelo padrasto ao hospital Cristo Redentor.

A 3ª Delegacia da Criança e do Adolescente de Porto Alegre ouviu, nesta quarta-feira (22), o presidente da Associação Comunitária Parque dos Maias (Acopam) sobre o afogamento e morte de Rafaella Parodi de Azevedo, de oito anos. De acordo com a delegada Alice Fernandes, responsável pela investigação, as imagens de câmeras de segurança que foram entregues pelo representante da Acopam confirmam que havia um guarda-vidas no local e que ele era qualificado para atuar.

Conforme a Polícia Civil, os vídeos registraram o momento exato em que a menina se afogou e também a presença de um guarda-vidas, que se desloca e faz contato físico com Rafaella. Foi confirmada pela polícia a qualificação do profissional para o atendimento da ocorrência.

O fato aconteceu no último sábado (18). Rafaella Parodi acabou sendo levada pela mãe e pelo padrasto ao hospital Cristo Redentor. Ela foi atendida, equipes de saúde tentaram reanimá-la, mas não tiveram sucesso. Assim como a mãe e o padrasto da menina, o guarda-vidas prestará depoimento. Outras três testemunhas também serão ouvidas. A Polícia Civil apura as circunstâncias da morte para verificar se houve algum tipo de negligência.

Uma lei municipal 11.419, de 2013, obriga a presença de guarda-vidas em estabelecimentos que têm piscinas ou opções aquáticas de lazer.

A Acopam reiterou a nota divulgada na terça-feira (21), na qual lamentou o ocorrido e se colocou à disposição da família. (Leia a íntegra abaixo).

O que diz a Acopam

"A ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA PARQUE DOS MAIAS (ACOPAM), vem, por intermédio de suas advogadas Lidiane Rossato Issi e, Thalia Strieder Ribeiro, esclarecer questões relativas às manifestações, em veículos de imprensa, sobre os fatos ocorridos no último sábado dia 18/01/2025, no interior da Associação.

Destacamos, inicialmente que a ACOPAM é uma Associação Comunitária que atende ao bairro Parque dos Maias, disponibilizando serviços comunitários, e lazer para a comunidade. A utilização da piscina comunitária ocorre mediante às regras previamente estabelecidas pela Associação, como por exemplo: Ingressos limitados de acordo com a capacidade do ambiente; entrada de menores de idade somente acompanhados dos responsáveis; e outros.

Salienta-se que a ACOPAM possui serviço de primeiros socorros, que é realizado por um bombeiro civil/guarda vidas que trabalha no local.

No dia 18/01/2025, o bombeiro civil estava em serviço e realizou o atendimento de primeiros socorros na vítima. No mesmo instante, a diretoria da ACOPAM acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU/192), momento em que foi realizado um atendimento prévio, e encaminhado uma ambulância de UTI móvel até o local. Contudo, este serviço estava se deslocando do Hospital Cristo Redentor até a Associação, e em decorrência do tempo de espera, a criança foi removida e encaminhada ao Hospital pelos próprios familiares.

Na data do fato a ACOPAM entrou em contato com os familiares para saber informações sobre o atendimento médico, onde foi informada que a criança havia sido reanimada e estava sob observação. Deste modo, soube do óbito somente por volta das 11h de domingo (19/01/2025), por intermédio de redes sociais e, imediatamente determinou o fechamento dos portões da Associação, permanecendo somente as pessoas que ali já estavam.

Neste sentido, a ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA PARQUE DOS MAIAS (ACOPAM), prestou os devidos socorros no momento dos fatos, e compartilhará as imagens das câmeras de segurança para auxiliar nas investigações. No mais, se coloca à disposição para esclarecimentos junto aos órgãos competentes.

Por fim, a ACOPAM permanecerá fechada em respeito aos familiares e amigos da vítima, manifestando solidariedade e condolências.

Informa também que serão tomadas as medidas legais e jurídicas cabíveis em face as publicações midiáticas inverídicas."


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