O funcionário de uma empresa de telecomunicações foi preso em Nova Santa Rita, na Região Metropolitana, durante a tarde de terça-feira (18). Segundo a Polícia Civil, o homem, de 41 anos, usava o carro de trabalho para entregar drogas e armas em municípios da Região Metropolitana e Vale do Sinos.

Chamada de Operação Fibra Óptica, a investigação durou três meses e teve início em uma denúncia de que um homem era responsável pelo abastecimento de ilícitos no bairro Cascata, na zona sul da Capital.

Foi descoberto que o suspeito era funcionário da empresa de Canoas responsável pela manutenção e instalação de serviços de televisão, telefone e internet e que atua na Região Metropolitana.

— O indivíduo utilizava o automóvel, com uma escada acoplada, de modo a simular que estava prestando serviços de telefonia móvel, banda larga, televisão por assinatura e serviços digitais, para não chamar a atenção da polícia e praticar os delitos com tranquilidade — disse Gabriel Borges, delegado responsável pela investigação.

O suspeito é um homem de 41 anos com antecedentes criminais por tráfico de entorpecentes.

— Ele aproveitava para realizar o transporte de drogas no intervalo de atendimento de manutenção e instalação de serviços em residências. O homem ficava com o veículo da empresa em sua residência, fato que auxiliava para que ele efetuasse entrega de materiais ilícitos em horários que não estava em expediente na empresa— detalhou Borges.

A operação cumpriu seis mandados de busca e apreensão domiciliar em Canoas e Nova Santa Rita. Foram apreendidas drogas – maconha, cocaína e ecstasy –, balanças de precisão, munições e armas de fogo com numeração suprimida.

Em um dos endereços vinculados ao funcionário, também em Nova Santa Rita, foi preso um homem de 38 anos, com antecedentes criminais por homicídio. 

A polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão na empresa de telecomunicações. O veículo utilizado no transporte de drogas e armas foi apreendido.

Conforme a polícia, a investigação continuará para verificar se outro funcionário da empresa teve participação no crime.

Os presos foram encaminhados ao Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp).

A operação foi feita por policiais da 1ª Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DPHPP) do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).