Coluna da Maga
Magali Moraes: viciados em celular
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
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Na grande maioria das escolas do RS, as aulas começam semana que vem, com ou sem onda de calor. Esse vai ser um ano letivo desafiador por um motivo extra: a lei que proíbe o uso de celulares em sala de aula. No país inteiro, a restrição está valendo. Já não era sem tempo. Sinceramente, não faço ideia de como os professores conseguiam ensinar as matérias com a turma grudada na telinha, a atenção picotada feito vídeo do TikTok, o cérebro fritando e não retendo nada.
A menos que seja uma aula de informática ou trabalho em grupo com pesquisa online, lugar de smartphone é bem longe da mão. Ah se resolvesse guardar dentro da mochila fechada. Parte do desafio vai ser lidar com os viciados em celular, e a coisa é séria. Agora existe até um termo pra isso, Nomofobia. A versão abrasileirada do inglês mobile phobia, que é o medo de ficar longe de dispositivos móveis. Dependência real oficial. Medo, pavor, terror e pânico, fobia mesmo.
Ansiedade
O que acontece quando um viciado fica longe do vício? Crise de abstinência, irritação, nervosismo, ansiedade, mal humor, agressividade e mais problemas pra se resolver em sala de aula. Ou deveria se resolver em casa? Falando em casa, que é onde a gente aprende os princípios básicos de boa educação e convivência (só pra citar dois exemplos), provavelmente a gurizada vai querer tirar o atraso quando chegar da aula. Ou seja, vai aumentar o tempo de tela pra compensar.
Não é fácil, eu mesma reconheço que sou viciada em celular. Uso direto pra trabalhar, me informar, me divertir, me alienar. Quem tem limite é município, já diria o tiozão engraçadinho. O que eu digo é isso: dá pra tentar reduzir. Uma coisa que tem me ajudado é usar os recursos do próprio celular pra limitar o uso, como ativar o Não Perturbe e receber à noite o alerta avisando que já me passei no horário. Porque desligar o aparelho é ousado demais pros nomofóbicos. Boa sorte, Profes e Sores.