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Parto prematuro

“Sensação maravilhosa que não sei descrever”, revela mãe de bebê nascida com 465 gramas após alta hospitalar

Em internação que durou quase quatro meses, Laís Bianquim Gadenz foi considerada a criança com menor peso nascida no Hospital de Clínicas de Porto Alegre

20/03/2025 - 12h47min

Atualizada em: 20/03/2025 - 12h47min


Cris Lopes
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Patricia Bianquim/Arquivo Pessoal
Laís Bianquim Gadenz ficou quase quatro meses hospitalizada.

Cuidado com a mamadeira adequada, textura certa da fórmula, acompanhamento com fonoaudióloga, pediatra e fisioterapeuta são algumas das atividades que fazem parte da nova rotina dos pais de Laís Bianquim Gadenz, quatro meses depois do nascimento. Ela nasceu no dia 13 de novembro de 2024 com 465 gramas, sendo considerada o bebê com menor peso que já nasceu no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).

Antes de ir para casa, na zona sul de Porto Alegre, a menina nascida na 24ª semana de gestação ficou a maior parte do tempo de internação na UTI neonatal do HCPA, deixando a mãe angustiada até o momento da alta hospitalar:

— O momento mais difícil era ir embora tendo que deixar ela, além do cansaço emocional, mesmo com apoio psicológico durante a internação — recorda a mãe Patrícia Bianquim.

Aos 33 anos, a operadora de caixa viveu a aflição de um parto prematuro, devido ao quadro de pré-eclâmpsia.

— Quando descobri a gravidez da Laís já teve todo um cuidado de fazer o pré-natal e acompanhamento no hospital pelo alto risco, pois há mais ou menos dois anos perdi um bebê com sete meses de gestação por causa da pré-eclâmpsia — lembra.

Dia esperado

Ao nascer, a menina media 27,5 centímetros e pesava 465 gramas, tornando-se o bebê com menor peso do HCPA. Para acompanhar o tratamento da filha, Patrícia ficava no hospital sete horas por dia, até ser transferida para o quarto.

— Nos últimos 15 a 20 dias antes da alta, me revezava dormindo na poltrona à noite e retornava para casa no dia seguinte. Na sequência, voltava no início da noite para dormir com ela — conta.

O dia tão esperado por Patrícia e o esposo Jean Lucas, de 33 anos, foi bastante agitado devido às orientações dos profissionais com os cuidados de Laís em casa, mas também foi o mais emocionante pelo sucesso do tratamento da filha.

— Foi uma sensação maravilhosa que não sei descrever, de saber que o meu milagre, meu pacotinho, estava indo para casa —, conta Patrícia, emocionada.

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